ATA DA SEPTUAGÉSIMA PRIMEIRA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA
LEGISLATURA, EM 03-9-2001.
Aos três dias do mês de
setembro do ano dois mil e um, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze
minutos, foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Fernando Záchia, Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Maria Celeste, Paulo
Brum, Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Carlos
Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, Helena Bonumá,
Humberto Goulart, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, José Fortunati, Luiz Braz,
Marcelo Danéris, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul
Carrion, Sebastião Melo e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o
Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da
Sexagésima Sétima Sessão Ordinária e da Vigésima Terceira Sessão Solene, as
quais, juntamente com as Atas da Sexagésima Quinta e Sexagésima Sexta Sessões
Ordinárias, foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli
Sell, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 021/01 (Processo nº
3445/01); pelo Vereador Beto Moesch, o Pedido de Informações nº 165/01
(Processo nº 3442/01); pelo Vereador Haroldo de Souza, 03 Pedidos de
Providências e o Projeto de Resolução nº 076/01 (Processo nº 3456/01); pelo Vereador
Humberto Goulart, 11 Pedidos de Providências e o Projeto de Lei do Legislativo
nº 234/01 (Processo nº 3409/01); pelo Vereador Marcelo Danéris, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 233/01 (Processo nº 3406/01); pelo Vereador Sebastião
Melo, o Projeto de Resolução nº 071/01 (Processo nº 3327/01). Também, foi
apregoado o Ofício nº 466/01, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre,
encaminhando Veto Parcial ao Projeto de Lei do Legislativo nº 100/01 (Processo
nº 1786/01). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nºs 455, 461 e 462/01, do
Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. A seguir, foi apregoado Requerimento
da Vereadora Maristela Maffei, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, no
dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o
Suplente Juberlei Bacelo, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de
Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Na ocasião, foram apregoadas
Declarações firmadas pelo Vereador Estilac Xavier, Líder da Bancada do PT,
informando o impedimento dos Suplentes Darci Campani e José Valdir em assumirem
a vereança no dia de hoje, em substituição à Vereadora Maristela Maffei. Ainda,
foi apregoada Declaração firmada pela Suplente Berna Menezes, informando seu
impedimento em assumir à vereança no dia de hoje, em substituição à Vereadora
Maristela Maffei. Em continuidade, o Senhor Presidente informou que seria
efetuada a entrega dos prêmios aos vencedores da quinta edição do Concurso de
Fotografias Sioma Breitman. Compuseram a Mesa: os Vereadores Fernando Záchia e
Paulo Brum, respectivamente Presidente e 2º Secretário da Câmara Municipal de
Porto Alegre; os Senhores Samuel Breitman e Irineu Breitman, familiares do
Senhor Sioma Breitman; o jornalista Paulo Roberto Castro Dias, Presidente da
Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul -
ARFOC. Na ocasião, o Senhor Presidente procedeu à entrega, juntamente com os
Vereadores João Antonio Dib, Juarez Pinheiro e Elói Guimarães, dos Diplomas e
Prêmios de 1º, 2º e 3º lugares, respectivamente, aos Senhores Isaura Saraiva,
Nivaldo Borges Granetto e Eduardo Aigner. Também, o Senhor Presidente convidou
o Vereador Reginaldo Pujol a proceder à entrega da Medalha e Diploma de Menção
Honrosa ao Senhor Nivaldo Borges Granetto. A seguir, o Senhor Presidente
concedeu a palavra ao Senhor Samuel Breitman, que manifestou-se acerca da
importância do Concurso de Fotografias Sioma Breitman, agradecendo a
participação deste Legislativo na organização do referido evento. Às quatorze
horas e trinta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às quatorze horas e trinta e cinco minutos, constatada a
existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Pedro Américo Leal examinou
as relações políticas e éticas que orientam as agremiações partidárias,
lembrando a trajetória de Sua Excelência como integrante do extinto Partido da
Aliança Renovadora Nacional - ARENA. Ainda, discorreu sobre a realização de
eleições prévias para a escolha de candidato do Partido Progressista Brasileiro
- PPB - para concorrer ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul no próximo
pleito eleitoral. O Vereador Pedro Américo Leal, em tempo cedido pelo Vereador
Raul Carrion, externou sua contrariedade à convenção organizada pelo PPB para a
escolha do candidato ao Governo Estadual, criticando a comissão organizadora
desse evento e justificando os motivos que levaram Sua Excelência a retirar sua
pré-candidatura para concorrer como representante do Partido Progressista
Brasileiro ao cargo de Governador do Estado nas próximas eleições. O Vereador
Reginaldo Pujol saudou o Vereador Pedro Américo Leal pelo pronunciamento
realizado durante o período de Comunicações. Também, discursou sobre a
necessidade do cumprimento, pelo Executivo Municipal, das leis aprovadas por
esta Casa, referindo-se especialmente à aplicação da Lei 7.855/96, que
oficializa a Semana Farroupilha no Município e destacando a importância desse
evento para a manutenção da história e tradições gaúchas. O Vereador Sebastião
Melo, reportando-se à denúncias de irregularidades na atuação de Conselheiros
Tutelares no Município, manifestou-se acerca das políticas públicas sociais
implementadas nas diversas instâncias governamentais. Também, analisou o
engajamento do Poder Público para combater a exclusão social e procedeu à
leitura do artigo 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, que versa
sobre as atribuições do Conselho Tutelar. A Vereadora Sofia Cavedon referiu-se
às eleições para o Conselho Tutelar, que se realizarão no dia trinta de setembro
do corrente, chamando a atenção deste Legislativo para a importância da
integração dessa instituição junto a outras entidades mantidas pelo Governo Municipal,
de modo a beneficiar crianças e adolescentes em situações de risco. Nesse
sentido, apontou a participação das escolas como fator essencial para minorar
esse problema. O Vereador Adeli Sell enfocou a situação da criança e do adolescente
no País, ressaltando o trabalho realizado pelo Executivo Municipal no atendimento
a menores carentes. Ainda, relatou episódios envolvendo a atuação do Conselho
Tutelar da Microrregião 8 e teceu considerações a respeito dos dispositivos
legais que regulamentam os Conselhos Tutelares, aludindo ao pioneirismo de
Porto Alegre na implantação desse serviço no Brasil. O Vereador Aldacir Oliboni
discorreu sobre Projetos de sua autoria que se encontram tramitando neste
Legislativo, ressaltando, particularmente, a importância do Substitutivo nº 01
ao Projeto de Lei do Legislativo nº 023/01, que autoriza o Poder Executivo
Municipal a implantar o Restaurante Popular na Capital. Nesse sentido, comentou
a opinião externada pelo Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares
de Porto Alegre - SHRBS - a respeito do assunto. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 194/01, discutido
pelos Vereadores João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Reginaldo Pujol e Haroldo
de Souza; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 220/01, discutido
pelos Vereadores João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Reginaldo Pujol e Haroldo
de Souza; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 223/01, discutido
pelos Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib e Reginaldo Pujol. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador João Bosco Vaz teceu considerações a respeito da aprovação
do Projeto de Lei do Legislativo nº 149/00, de autoria de Sua Excelência, o
qual autoriza a utilização de gás natural veicular - GNV - na frota de táxi,
criticando o posicionamento adotado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente
- SMAM no que tange às regras definidas para regulamentar a venda desse
combustível em Porto Alegre. O Vereador Beto Moesch reportou-se ao
pronunciamento efetuado por Sua Excelência durante a Sexagésima Nona Sessão
Ordinária, em Comunicação de Líder, no qual se referiu à postura da Secretaria
Municipal de Obras e Viação - SMOV - ao destinar área pertencente ao Parque
Farroupilha para construção de uma terceira pista para viabilizar o trânsito
nas imediações do Viaduto Imperatriz Leopoldina, criticando as considerações
feitas pelo titular dessa Secretaria a respeito do assunto. O Vereador
Sebastião Melo aludiu à Convenção Nacional do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro, a ser realizada no dia nove de setembro do corrente, em Brasília,
comunicando sua renúncia ao cargo de Delegado da referida Convenção. Também,
enalteceu a participação do PMDB na defesa do estado democrático de direito,
repudiando o apoio dado por membros dessa agremiação partidária à política
adotada pelo Senhor Presidente da República. O Vereador Cassiá Carpes destacou
a importância da realização de obras de revitalização na orla do Lago Guaíba e
referiu-se à presença, neste Legislativo, do Senhor Rogério Fonseca Barbosa,
Presidente do Círculo de Pais e Mestres da Escola Estadual de 1ª e 2º Graus
Professora Gema Angelina Belia, durante a Tribuna Popular da Septuagésima
Sessão Ordinária, para tratar de assunto relativo à desapropriação, por parte
do Executivo Estadual, do terreno onde se localiza a Escola. O Vereador Paulo
Brum teceu considerações acerca de solenidade realizada na Assembléia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, para o lançamento do passe livre no
transporte interestadual aos portadores de deficiência, destacando a presença
de diversas autoridades e instituições. Também, propugnou pela regulamentação,
por parte do Governo Estadual, de Lei que institui esse benefício no âmbito
intermunicipal. O Vereador Luiz Braz manifestou-se acerca do funcionamento das
casas de bingo no Município, reprovando críticas feitas por setores da
sociedade que pretendem proibir as atividades desses estabelecimentos. Ainda,
lembrou o auxílio prestado por casas de bingo a instituições de assistência
social e federações esportivas e declarou que deveria haver fiscalização
efetiva, por parte das autoridades, sobre atividades ilícitas na Cidade. O
Vereador Estilac Xavier, contrapondo-se ao pronunciamento realizado pelo Vereador
Beto Moesch em Comunicação de Líder, teceu considerações a respeito do
alargamento da Avenida João Pessoa em ponto localizado no Parque Farroupilha,
afirmando que essa obra tem caráter provisório e legal, em função de obras que
estão sendo feitas no Viaduto Imperatriz Leopoldina com a finalidade de melhorar
o fluxo de veículos para o acesso ao Centro da Cidade. O Vereador Carlos Alberto
Garcia referiu-se à reunião havida no Hospital Parque Belém, no dia primeiro de
setembro do corrente, com a participação do Senhor Secretário Municipal da
Saúde e representantes da comunidade local, onde foram tratados assuntos
pertinentes à instalação de um pronto-socorro na Zona Sul da Cidade. Nesse sentido,
informou estar protocolizando Projeto de Lei para estender a Avenida do
Trabalhador até aquela região. A seguir, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador
Marcelo Danéris, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
constante na Ordem do Dia. Foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador
Fernando Záchia, solicitando o pagamento de mais uma diária ao Vereador Ervino
Besson, para atendimento de despesas com hospedagem (aditamento ao Processo nº
3449/01, aprovado no dia trinta e um de agosto do corrente, que autorizou o
Vereador Ervino Besson a representar este Legislativo na 7ª Reunião de Cúpula
da Rede Mercocidades, na Cidade de Valparaíso, no Chile, nos dias três e quatro
de setembro do corrente). Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 149/01, por vinte e cinco votos SIM, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch,
Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, Haroldo
de Souza, Helena Bonumá, Humberto Goulart, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib,
João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Maria Celeste, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sofia Cavedon,
Valdir Caetano e Juberlei Bacelo. A seguir, o Vereador João Antonio Dib
manifestou-se acerca da votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 093/01,
tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos a respeito. Também, foi
aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Isaac Ainhorn, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, tendo os
Vereadores Isaac Ainhorn, Elói Guimarães e Marcelo Danéris manifestado-se
acerca da matéria. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 093/01, por vinte e sete votos SIM, após ser discutido
pelo Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir
Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes,
Elói Guimarães, Estilac Xavier, Fernando Záchia, Haroldo de Souza, Helena
Bonumá, Humberto Goulart, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, José Fortunati, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Maria Celeste, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Raul Carrion, Sofia Cavedon, Valdir
Caetano e Juberlei Bacelo. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os
Projetos de Lei do Legislativo nºs 199/00 e 063/01. Em Discussão Geral e
Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 068/01 e as Emendas
nºs 01 e 02 a ele apostas. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os
Projetos de Lei do Legislativo nºs 069, 079, 080, 086, 087, 088, 089, 090, 101,
104 e 105/01. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do
Legislativo nº 106/01 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 028/00. Em Discussão
Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nº 184/00,
065 e 076/01. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 107/01, por vinte e cinco votos SIM, tendo votado os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto
Garcia, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, Fernando Záchia, Haroldo
de Souza, Helena Bonumá, Humberto Goulart, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib,
João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Fortunati, Juarez Pinheiro, Luiz Braz,
Marcelo Danéris, Maria Celeste, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Sofia Cavedon e
Juberlei Bacelo. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de
Resolução nºs 032, 033 e 036/01. Na ocasião, o Vereador João Antonio Dib
formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia, tendo o Senhor Presidente manifestado-se
sobre o assunto. Às dezessete horas e quatorze minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e dezesseis
minutos, constatada a existência de quórum. Após, foi aprovado o Requerimento
verbal de autoria do Vereador João Antonio Dib, anteriormente formulado,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia, por vinte e quatro votos SIM, em votação nominal solicitada pelos Vereadores
João Bosco Vaz e Carlos Alberto Garcia, tendo votado os Vereadores Adeli Sell,
Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá
Carpes, Elói Guimarães, Estilac Xavier, Haroldo de Souza, Helena Bonumá,
Humberto Goulart, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, José Fortunati, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Paulo Brum,
Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Juberlei Bacelo. Também,
foi aprovado Requerimento verbal, de autoria do Vereador Estilac Xavier,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Na oportunidade, face manifestações formuladas pelo Vereador Isaac
Ainhorn, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da ordem a ser observada
para a apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 074/01, por dezoito
votos SIM, três votos NÃO e três ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Cassiá Carpes, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir
Oliboni, Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes,
Elói Guimarães, Estilac Xavier, Haroldo de Souza, Humberto Goulart, Isaac
Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Paulo
Brum, Pedro Américo Leal e Reginaldo Pujol, Não os Vereadores Maria Celeste,
Sofia Cavedon e Juberlei Bacelo, tendo optado pela Abstenção os Vereadores
Helena Bonumá, Juarez Pinheiro e Marcelo Danéris e tendo apresentado Declaração
de Voto os Vereadores Maria Celeste, Sofia Cavedon, Juberlei Bacelo, Adeli
Sell, Estilac Xavier e Aldacir Oliboni. Também, face manifestação do Vereador
Isaac Ainhorn, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do teor do
Projeto de Lei do Legislativo nº 074/01. A seguir, face Questão de Ordem
formulada pelo Vereador João Carlos Nedel, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos
acerca da tramitação do Projeto de Resolução nº 024/01. Na oportunidade, o
Vereador Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor
Presidente, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezessete
horas e vinte e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às dezessete horas e trinta minutos, constatada a existência de
quórum. Após, o Vereador Juarez Pinheiro, através de Questão de Ordem, manifestou-se
acerca da possibilidade de votação em destaque para o inciso I do artigo 1º do
Projeto de Resolução nº 024/01, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos
sobre a matéria. Em seguida, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador
Reginaldo Pujol, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando votação em
destaque para o inciso I do artigo 1º do Projeto de Resolução nº 024/01
(Processo nº 1256/01). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de
Resolução nº 024/01, o qual, após ser discutido pelos Vereadores Reginaldo
Pujol, Elói Guimarães, Pedro Américo Leal, Juarez Pinheiro, Helena Bonumá, João
Antonio Dib, Nereu D'Avila, Humberto Goulart, Sofia Cavedon e Estilac Xavier,
teve sua discussão suspensa, face à inexistência de quórum. Durante a discussão
do Projeto de Resolução nº 024/01, o Vereador Paulo Brum cedeu seu tempo de
discussão ao Vereador Pedro Américo Leal. Às dezoito horas e trinta e nove
minutos, constatada a inexistência de quórum, através de verificação solicitada
pelo Vereador Marcelo Danéris, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para Sessão Ordinária da próxima
quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores
Fernando Záchia, Carlos Alberto Garcia, Reginaldo Pujol, Paulo Brum e Elói
Guimarães, este nos termos do artigo 13, § 2º, do Regimento, e secretariados
pelo Vereador Paulo Brum. Do que eu, Paulo Brum, 2º Secretário, determinei
fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será
assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Estão abertos os trabalhos da presente
Sessão.
A Ver.ª Maristela Maffei solicita
Licença para Tratamento de Saúde na data de hoje.
(Obs.:
Foi apregoado Requerimento de licença da Ver.ª Maristela Maffei, e dada posse
ao Suplente, conforme consta na Ata.)
Neste
momento, a Câmara Municipal de Porto Alegre dá início à entrega da premiação da
5ª edição do Concurso Sioma Breitman de Fotografia, do ano de 2001. Todos os
Srs. Vereadores sabem que é um concurso já tradicional onde são estimulados e
incentivados os fotógrafos para que realizem fotos da Cidade de Porto Alegre.
Fazem parte da Mesa os senhores representantes da família Sioma Breitman, os
filhos, Dr. Samuel e Irineu Breitman; o Jornalista Paulo Dias, Presidente da
Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul -
a ARFOC.
Convidamos
o Ver. João Antonio Dib para que entregue o prêmio de 1º lugar a Isaura Saraiva
contemplada com um cheque no valor de 1 mil e 500 reais.
(Procede-se
à entrega do prêmio.)
Convidamos
o Sr. Nivaldo Borges Granetto para receber o prêmio de 2º lugar. Convidamos o
Ver. Juarez Pinheiro para fazer a entrega do cheque no valor de 1 mil reais.
(Procede-se
à entrega do prêmio.)
Convidamos
o Sr. Eduardo Aigner para receber o prêmio de 3º lugar. Convidamos o Ver. Elói
Guimarães para fazer a entrega do cheque no valor de 500 reais.
(Procede-se
à entrega do prêmio.)
Convidamos
para receber a Medalha e Diploma de Menção Honrosa o Sr. Nilvado Borges
Granetto. Solicitamos ao Ver. Reginaldo Pujol que faça a entrega.
(Procede-se
à entrega da Medalha e do Diploma.) (Palmas.)
O
Sr. Samuel Breitman está com a palavra em nome da família do homenageado.
O SR. SAMUEL BREITMAN: Il.mo Sr. Ver. Luiz Fernando
Záchia, digno Presidente desta Casa, demais Vereadores e autoridades, artistas
fotográficos presentes, minhas senhoras e meus senhores. O Concurso Fotográfico
Sioma Breitman, uma criação desta figura ímpar que tanto conhece e ama Porto
Alegre, meu querido amigo João Antonio Dib, ultrapassou, em muito, os
propósitos iniciais do Concurso. Propósitos esses que eram de mostrar aspectos
bonitos, pitorescos e desconhecidos de Porto Alegre. Ultrapassou, porque se
tornou um incentivador desses artistas fotográficos, não só pelo prestígio da
Câmara de Vereadores, como também pelo belo prêmio que acompanha o Concurso. O
Sioma, além de fotógrafo, tinha também um amor pela fotografia e participava de
salões e de concursos fotográficos em todo o mundo e sempre tratava de
estimular os fotógrafos, tanto profissionais como amadores a que participassem
desses concursos.
Então,
este concurso, por reunir a beleza de Porto Alegre e o estilo dos fotógrafos, em
geral, me deixa muito orgulhoso e muito feliz em participar dessa premiação.
Congratulo-me com a Câmara dos Vereadores e parabenizo os artistas que
participaram. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Agradecemos ao Dr. Samuel Breitman e ao
Irineu Breitman, familiares do nosso homenageado, Sr. Samuel Breitman, e, em
especial, também agradecendo ao Paulo Dias, Presidente da Associação dos
Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul - ARFOC, a todos
os Vereadores, deixando dito ao Dr. Samuel Breitman e ao Dr. Irineu Breitman da
importância dessa homenagem cujo concurso anualmente é feito pela Câmara
Municipal de Porto Alegre, a fim de que possamos estar permanentemente
estimulando os novos fotógrafos e artistas de Porto Alegre para que registrem
esta Cidade, a qual todos nós amamos e queremos muito bem, para que, por
intermédio dessas fotos, possam ficar perpetuadas as imagens queridas da Cidade
de Porto Alegre.
Convidamos
a todos para que possamos fazer a abertura da exposição deste ano. Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h34min.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia –
às 14h35min): Estão
reabertos os trabalhos.
Passamos
às
O
Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra em Comunicações por cessão de tempo
do Ver. Raul Carrion.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
estamos no mês da Bíblia – mas não é sobre isso que versará o que tenho a dizer
– e no Livro de Eclesiastes – com licença de todos os pastores – diz o
seguinte: “Para o mal do orgulho não há remédio”. Vejam bem a forma incisiva,
poucas vezes presente na Bíblia: “para o mal do orgulho não há remédio, e o
espírito do mal já havia afirmado que a vaidade é o pecado de sua predileção.
Ah! A vaidade, esse é o pecado da minha predileção” – diz o espírito do mal.
Pois
bem, e o que vemos nos partidos políticos? Orgulho, vaidade predominando,
tomando conta de direções, de homens e de mulheres e de decisões partidárias.
De quando em vez, um colega nosso ou de Brasília ou daqui se descamba e quer
abandonar o partido. Por quê? Por meio de direções ou de comissões
inteligentes, nomeadas para os seus interesses, se dá a profanação partidária.
Mas quando isso vai ter um termo? São transitórias em todos os partidos, as
direções? Sim, mas desequilibram, desviam, transtornam os interesses dos
filiados e do povo. O povo fica apatetado vendo certas manobras dentro dos
partidos de puro interesse. Pois é no partido que se iniciam e se formam as aspirações
populares em direção aos grandes cargos; às grandes pretensões.
Por
que abordo esse tema? Porque apresentei, nesta tribuna, com 77 anos, é a minha
idade, as aspirações de ser cogitado para Governador deste Estado. Qual o
problema? Nenhum. Eu tinha essa pretensão e apresentei-a ao meu Partido. O que
fez o Partido? Nada, absolutamente nada. O Governador tem o poder decisório,
por isso me inflamei. O que trazia eu para essas pretensões? Um passado de 43
anos, eu vim antes do Partido, eu vim antes da ARENA. Conheço todas as áreas do
Governo para um debate. Não é fácil debater comigo em televisão e rádio. Trazia
uma mensagem, e o meu Partido ficou olhando sem saber o que fazer. Trazia uma
mensagem de segurança pública que perturba a todos no País. Trazia uma
mensagem, e o Partido o que fez? Nada! São 44 anos de intimidade com a
segurança pública que é problema nacional, até o Presidente da República se
reúne com o Ministro da Justiça, que pouco entende disso, e discute de forma
aflitiva os problemas de segurança. É preocupação nacional e estadual. Trazia uma mensagem, e o que fez o
Partido? Nada. Os senhores não sabem como foi a prévia? Pois, vou-lhes contar.
Havia uma comissão nomeada pelo Presidente do Partido que era candidato também,
e essa comissão, na qual eu confiei – pois, até hoje não sei quais são os seus
componentes -, organizou a tal da prévia. Era a tal de prévia - vou submeter ao
juízo dos senhores – a tal de prévia. A prévia realizada na Assembléia, onde
fiz o primeiro discurso. Duas mil e quinhentas pessoas reunidas no salão. Não
se ouvia – e aqui há pessoas que estavam presentes –, o voar de uma mosca. Os
meus argumentos, com os quais procurei inflamar a assistência, foram
convincentes. Não consegui terminar o discurso, porque as palmas não deixaram.
Mas sabem o que já tinha havido? As eleições dos Convencionais. Todos os
Convencionais já tinham votado. Eu era o primeiro orador a usar a palavra.
Porto Alegre não compareceu, se desinteressou. Mas os Convencionais já haviam
votado. Eu acusei isso no discurso, dizendo: “Esta eleição está fraudada”,
virando-me para toda a Comissão. Engoliram.
Para
comprometer toda a reunião, que em espetáculo foi muito bela, mas em essência
foi péssima, sabem o que aconteceu no fim? Proclamaram os escolhidos. Havia três
escolhidos, apareceram dois ministros na minha frente. Não respeitaram sequer
as inscrições, que eram verbais, mas eram de compromissos políticos, de homens.
Não respeitaram! Então, me desconsideraram. Eu vim antes do Partido e impedi,
quando saí da Assembléia, como 1º suplente, que o Partido se desmoronasse
quando o Governador do Estado passou para outro Partido, o PFL. Rejeitei!
Tribunal de Contas, Secretarias, quando fui pego na Rodoviária, vindo de
Torres, e me pediam para ir ao Palácio do Governo. Não aceitei nada, fui embora
para Casa, onde permaneci seis anos. Pois bem, esta foi a peraltice que o
Partido fez comigo. Isso não se faz!
Aos
Senhores, eu afirmei que iria disputar o Governo, então tenho uma satisfação a
dar. Por que é que o Pedro Américo Leal desapareceu, sumiu? Submeti-me a uma
operação que deveria fazer, completamente enfarado de tudo isto, deixando que
os dois candidatos prossigam na sua jornada, em torno de uma decisão. Querem um
candidato para ganhar as eleições ou querem para ganhar a convenção? Se querem
um candidato para ganhar a convenção, é uma coisa; para ganhar as eleições, é
outra. É buscar nos nichos indiferentes, indecisos, é o voto de confiança. E
qual é a mensagem que eu tinha? Segurança pública.
Meus Senhores, já devidamente informado
pela Mesa que tenho o meu tempo findo, venho apresentar a razão porque desisti,
porque me desinteressei. Pela indiferença do Partido, que não vislumbrou que eu
tinha a melhor mensagem e que sou um homem de luta e de garra. Isto não é uma corrida
de velocidade, é uma corrida de resistência, que temos de enfrentar os “Olívios
Dutras”, os “Tarsos Genros”, os “Bernardos de Souza” e temos de haver homens
preparados para o debate. O Partido não viu, se distraiu.
Então, vim aqui à tribuna para dar
satisfações aos Senhores! Os Senhores tinham direito de exigi-las. Muito
obrigado.
(Revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações. Só
para informar, o Ver. Pedro Américo utilizou tempo cedido pelo Ver. Raul
Carrion, por isso a sua permanência na tribuna por dez minutos.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, fiz
questão, antes de assomar à tribuna, de cumprimentar o nosso decano, Ver. Pedro
Américo Leal, pelo seu pronunciamento que, em que pese versar sobre situação do
seu Partido, ressoa aqui nesta Casa e não pode deixar de merecer o nosso
aplauso, que não aético, não se envolve no mérito das opções internas do
Partido político do Ver. Pedro Américo Leal, mas que tem um condão de enaltecer
a sua postura sempre transparente, límpida, clara que, mais uma vez, se
expressa nesta hora.
Da
minha parte, Sr. Presidente, quero manifestar-me, neste pequeno espaço de tempo
que disponho sobre um assunto muito importante. Tem-se discutido aqui, Ver.
João Antonio Dib e V. Ex.ª com freqüência afirma que temos leis demais e o que
precisamos é cumpri-las. Eu observo que, lamentavelmente, V. Ex.ª tem razão,
pelo menos na segunda parte da sua justificativa, na medida em que as leis não
vêm sendo cumpridas aqui no Município de Porto Alegre, nas mínimas coisas e nas
máximas situações. No ano de 1996, o Prefeito Tarso Genro, no seu primeiro
período administrativo, sancionou Lei nº 7.855, que oficializa no âmbito do
Município a Semana Farroupilha e dá outras providências. Esta Lei, Sr.
Presidente, tem várias disposições, e eu estou seriamente convencido de que
todas elas estão sendo descumpridas ou ignoradas por parte da municipalidade.
Nesse sentido, eu já requeri, oficialmente um Pedido de Informações para
terminar por inteiro com essas suspeitas e a busca de esclarecimento oficial,
dado que, em breve, nós estaremos, mais uma vez, festejando a Semana
Farroupilha e, mais uma vez, eu acredito que não estará sendo cumprido, Ver.
Humberto Goulart, o que estabelece os dispositivos desta Lei já mencionada, que
vigora há cinco anos. A data da sua sanção é exatamente 25 de setembro de 1996.
Por conseguinte, estamos no quinto ano de vigência da Lei, sem que tenhamos
notícia, gostaríamos até de sermos desautorizados com o fornecimento de
informações que contrariassem o que estamos a dizer nesta tribuna, isso seria a
nossa maior satisfação, mas nós não temos notícia. Encaminhamo-nos para a
convicção de esses dispositivos da Lei a respeito da programação a ser
desenvolvida, da constituição de uma Comissão Especial que dê apoio a esse
movimento nativista e aos seus festejos, a ida até as escolas com manifestações
no sentido de transferir aos meninos de hoje, às meninas de hoje, as
informações e a história dos Farrapos, dos seus objetivos e, sobretudo, os
fundamentos daquela grande epopéia que o Rio Grande do Sul tanto venera,
concluímos que ela esteja sendo descumprida. Por isso, diligenciei para
oficializar essa situação para ficar flagrada que não é um caso isolado, são
repetidas as leis que aqui são aprovadas, sancionadas pelo Chefe do Executivo
Municipal, algumas sancionadas e confirmadas pelo Presidente da Câmara, nas
hipóteses de veto, mas todas elas em vigor sem serem respeitadas.
O Sr. Estilac Xavier: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Obrigado, Vereador. Sei que no fim de seu pronunciamento é muito
atrapalhador, mas gostaria de informar que eu recebi uma correspondência de
duas naturezas sobre a questão do Parque Farroupilha. Uma da Associação dos
Piqueteiros, que reivindicavam a entrada na coordenação da Semana Farroupilha,
houve um acerto e eles entraram. Penso que isso foi bem sucedido em uma
combinação com o MTG; a outra, foi quando o MTG se sentiu prejudicado em
relação do Parque Farroupilha com recursos para a Semana, que foi atendido pelo
Governo do Estado. São duas questões que eu gostaria que V. Ex.ª anotasse na
sua locução.
O SR. REGINALDO PUJOL: Eu acrescento, e concluo, Sr.
Presidente, dizendo que a Lei que esta Casa aprovou é clara nos compromissos
que o Município tem de ter com esse evento na constituição dessa Comissão
Especial, onde expressamente consta a coordenadoria da 1ª Região do Movimento
Tradicionalista Gaúcho, do MTG, e que, evidentemente, está sendo desconsiderado
como de resto toda a Lei.
Voltarei
ao assunto em outra oportunidade, mas fica aqui esse meu reclamo a respeito da
desconsideração com uma Lei, que eu considero das mais valiosas que esta Casa
já editou. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
em Comunicações.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu
estava escalado para, sexta-feira, vir a esta tribuna, mas fui acometido por um
vírus gripal fantástico, já há alguns dias, e não consegui fazer o que queria
fazer na sexta-feira, que era estabelecer aqui um debate franco, aberto com o
Governo Municipal e muito pontualmente com o querido Ver. Adeli Sell, que tem
expressado, tanto nesta Casa como nos meios de comunicação, graves denúncias
sobre a questão dos Conselhos Tutelares. Nós temos pontos de vista diferentes
sobre essa matéria. Pensamos que essa chaga social tem responsáveis, sim; no
plano nacional, um Governo que está voltado, ao longo da sua história, para outras
questões e não para a questão social, que é o Governo do Sr. Fernando Henrique
Cardoso, o qual nós contestamos, e que não tem, na nossa avaliação, nenhuma
política de inclusão social, apenas luta ferrenhamente pela estabilidade da
moeda. Os Estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Sul, também não têm
tido políticas claras, não só neste Governo. E a Prefeitura de Porto Alegre
também não tem uma política clara do ponto de vista da inclusão social. E aí é
que começa a nossa diferença.
O
Estatuto da Criança e do Adolescente é uma Lei, como muitas outras leis
infraconstitucionais, e é de 1990, portanto, dois anos depois da
Constituição-Cidadã. Ela traçou, sem dúvida alguma, um arcabouço muito
importante para o tratamento da criança e do adolescente. Mas, dentro dessas
políticas para criança e adolescente está a figura do Conselho Tutelar. E eu,
que estava em casa, porque estava acometido pela gripe, ouvia atentamente uma
entrevista do Ver. Aderi Sell, querido Ver. Haroldo de Souza, que atribuiu
responsabilidade única e exclusivamente aos Conselhos Tutelares pela falta de
política social nesta Cidade. Quero dizer que considero o Ver. Adeli Sell um
Vereador muito sério, ma ele não foi bem nessa matéria. É uma pena que ele não
esteja aqui no Plenário, porque quem tem responsabilidade de produzir políticas
públicas são os entes de Governo, e é no município que o cidadão mora. E se eu
não estou enganado, e penso que não estou, ouvi reiteradas entrevistas depois
da eleição do Sr. Tarso Fernando Genro que, o eixo do Governo com o qual ele
mais se preocuparia, seria a inclusão social. Em várias entrevistas, Sr.
Presidente, eu ouvi do Sr. Prefeito que o maior sonho dele é chegar ao final
deste Governo e que ficasse escrito na página da história de Porto Alegre que não
haveria mais nenhuma criança de rua depois da gestão do Sr. Tarso Fernando
Genro. Pois, se passaram sete meses. Esta Casa autorizou a contratação de
quarenta e cinco agentes para a FASC. Esta Casa não tem faltado aos pedidos do
Governo em absolutamente nada. Eu quero dizer que as crianças de rua aumentaram
e aumentam a cada dia. Mas a pergunta que eu quero fazer é se um conselheiro
tutelar, seja pegando a criança vendendo a rosa, como diz o Ver. Adeli Sell, ou
seja batendo a carteira no viaduto, para onde ele vai levar? Para a sede do
Conselho Tutelar? Para a sua casa? Para a casa da sua avó, da sua irmã? Ou o
Conselho Tutelar teria de levar para um ente público? As atribuições do
Conselho Tutelar são muito claras, Ver. Humberto Goulart; elas estão esculpidas
no art. nº 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente, e diz que até quando o
Poder Público é omisso, eles têm a obrigação de levar esse assunto para o
Ministério Público. E eu não tenho visto nenhum conselheiro denunciar a
Prefeitura por falta de políticas públicas. Se há problemas com questões
localizadas, e pode haver, não podemos atribuir a responsabilidade das crianças
de rua, de centenas de crianças que encontramos no Centro e fora do Centro, a
questão do Conselho Tutelar. O Conselho Tutelar tem de se aperfeiçoar? Tem. Se
o Ver. Adeli Sell quer nomeá-lo, acredito que o voto ainda continua sendo o
melhor caminho. O processo tem de ser corrigido? Tem de ser corrigido. Como há
parlamentares que trabalham mais, há conselheiros que trabalham mais, outros
que trabalham menos, há deputados que trabalham mais, outros que trabalham
menos, não vamos resolver a questão de outra maneira a não ser por meio do bom
debate.
Esse
assunto precisa voltar com muita profundidade porque, com certeza, a história
sempre tem dois lados, e que bom que a história tem dois lados! Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra
em Comunicações.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sr.as e Srs.
Vereadores, este mesmo tema, a propósito, me traz à tribuna no período de
Comunicações: eleição dos Conselhos Tutelares. Sexta-feira, à noite, estive num
dos debates que a Cidade está fazendo; queria iniciar parabenizando a
Associação Comunitária do Jardim Floresta que chamou os candidatos da região,
reuniu suas lideranças, convidou a comunidade para fazer o debate com esses
candidatos. Começamos a discutir exatamente colocando Conselho Tutelar no seu
devido lugar, como um elo de uma grande rede de trabalho com a criança e
adolescente e não como um único ator responsável por essas políticas. Se ele
não se entender assim, ele não será efetivo, por quê? Porque tem, nesta Cidade,
sim, Ver. Sebastião Melo, uma bela rede de atendimento à criança e ao
adolescente que vem ganhando volume e qualidade; uma rede da qual faz parte o
conselheiro tutelar que conta com abrigos, recentemente, com abrigos de
recolhimento só noturno, que, aliás, foi uma das grandes conquistas da Cidade,
a qual nós devíamos estar valorizando muito. Iniciou o seu trabalho há pouco
tempo, tem mais de sessenta crianças que dormem lá, e por dormirem lá, tem
outra condição para ir para a Escola Porto Alegre, que é outra parte desta rede
que atende meninos e meninas em situação de rua, para ir para a Casa Harmonia,
que é um outro equipamento importante, que têm profissionais da área médica que
trabalham a questão das drogas. Nós temos o São Pedro CAPS, Centro de
Atendimento Psicossocial, onde criança ou o adolescente ficam internos para
tratar o uso de drogas; nós temos uma rede de creches, escolas, abrigos, SASE -
Serviço de Apoio Sócio-Educativo -, que atua com as crianças no outro turno da
escola. Nós temos um grupo de abordagem de rua que ampliou o número e tempo de
abordagem - essa era uma das deficiências -, agora atende até às 22 horas, a
qualquer momento que ligarmos, e está com mais pessoas e equipamentos na rua.
Há uma grande rede, sim. Lembra-me a Ver.ª Maria Celeste que os cargos
aprovados, aqui, nesta Casa, vão compor a Casa de Acolhimento noturno.
Essa
rede é uma rede que deve ser azeitada. Os problemas levantados em relação aos
conselheiros tutelares têm origem na diferença de perfil, mas têm muita origem
na dificuldade que a sociedade tem de acompanhar esse trabalho, de acompanhar
de perto o trabalho dos Conselhos Tutelares, de ser parceira e ser construtora
de políticas com eles, e reavaliar essas políticas. Essa era uma das questões
que nós discutimos na sexta à noite. Nós precisamos de que, no mínimo, duas
vezes por ano, o grupo de conselheiros tutelares reúna-se com as diferentes
instituições, em cada região, para repensar e reavaliar a sua atuação e tirar
políticas conjuntas.
As
escolas são um equipamento essencial de parceria e de atuação dos conselheiros
tutelares, não dá para ser ainda a relação do jeito que está instituída com as
escolas que encaminham à FICAI, e o Conselho Tutelar vai procurar a criança na
sua casa e dá um retorno. Nós precisamos inverter essa relação. A maioria das
nossas crianças está nas escolas, portanto lá aparecem os problemas, por lá dá
para fazer uma atuação importante junto às famílias.
No
que se refere à questão da violência, vocês imaginem a possibilidade que uma
escola tem de trabalhar sobre essa questão, a questão do trato com a criança, o
respeito, a visão da criança como sujeito de direitos por intermédio da escola,
com os pais, mães, avós e adolescentes.
O
Conselho Tutelar tem de trabalhar de uma forma preventiva e de uma forma muito
mais azeitada e integrada com a rede de cada região; a rede onde está também o
posto de saúde; o CAR, o centro administrativo, onde estão os núcleos de
assistência social. Essa rede reúne e precisa ganhar força de articulação das
ações.
O
momento de eleição do Conselho Tutelar tem de ser um momento de
conscientização, de mobilização, de avaliação, tem de ser o momento de
apostarmos nessa instituição, porque ela é extremamente preciosa para a nossa
criança e adolescente, apostar e, certamente, reordenar rumos, constituindo a
consciência à sociedade no sentido de que o problema da criança e do
adolescente é um problema não só do Governo, é um problema da nossa sociedade.
A sociedade não elege à toa, é para comprometer-se, para que eles funcionem e
funcionem em rede, e para que, se eles não têm estrutura suficiente, a
sociedade ajude a cobrar, a sociedade os valorize e faça com que essa rede,
junto com esses conselheiros tutelares, funcione de uma maneira melhor. Este é
um momento importante do debate, o qual temos de fazer e temos de demonstrar
que não basta ter bons equipamentos, nós temos de entender que o problema da
criança e do adolescente não se resolve com um passe de mágica, de pensar que é
só chamar o Conselho Tutelar e tudo estará resolvido. Isso não existe, é
processo, é mudança de educação, de concepção, de ideologia e, principalmente,
mudança da condição social das nossas famílias. Se nós não mudamos esta
política econômica injusta e causadora de exclusão social, nós não resolveremos
o problema da criança e do adolescente. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra
em Comunicações. Ausente. O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu sou
obrigado, também, a falar de Conselho Tutelar. Mas, antes, eu quero falar das
crianças e dos adolescentes, até porque, daqui a menos de um mês, nós teremos
eleições para o Conselho Tutelar.
Como
está a situação da criança e do adolescente em nosso País? Infelizmente, é uma
situação muito grave, há muitas famílias com conflitos quase que
incontornáveis. Crianças sendo exploradas, o trabalho infantil continua
grassando pelo nosso País. Há problemas em todas as cidades brasileiras.
Apesar
de todos os avanços que nós tivemos nos últimos anos em Porto Alegre, onde o
Poder Público não se omitiu, pelo contrário, não é fortuito que, em Porto
Alegre, a sua Prefeitura ganhou dois prêmios de Prefeito Criança, pelo trabalho
efetivo que a Administração Pública de Porto Alegre tem com a criança e com o
adolescente. Há dias, os jornais noticiaram, infelizmente alguns apenas com
nota de rodapé, que nós ampliamos a nossa rede de atendimento.
Quando
eu fiz uma denúncia de que havia e há conselheiros que não fazem o trabalho
que, por lei, são obrigados a fazer, eu fui cobrado que esse é um problema do
Poder Público. As pessoas confundem o Conselho Tutelar, que é uma entidade
autônoma, um ente autônomo, é público, porém não é vinculado a governos. Apesar
da Prefeitura ter que pagar o salário dos conselheiros, tem toda a autonomia e
tem um poder pelo Estatuto da Criança e do Adolescente de fazer valer a
legislação de proteção à criança e ao adolescente, coisa que a FASC, por
exemplo, não pode fazer, não tem base legal para tal. Tem condições de fazer
abordagens, a Ver.ª Maria Celeste, que foi Conselheira Tutelar, sabe muito bem
disso. Até quero dar um exemplo aqui: várias pessoas denunciaram uma família
que mantinha um bebê recém-nascido na Praça da Matriz. Não foi uma pessoa,
foram várias. Eu até liguei para o Conselho Tutelar do Centro. Não houve nenhum
retorno do Conselho. Mas, porque várias pessoas conheciam a família, a FASC fez
uma abordagem e conseguiu convencer essas pessoas a irem para um abrigo. E,
posteriormente, se fez um movimento para ajudar essa família a ter um espaço
para viver. Mas o Conselho Tutelar foi completamente omisso. Completamente
omisso!
Como
é omisso o Conselho Tutelar do Centro a respeito das crianças que vendem flores
nas madrugadas da Cidade Baixa; e aqui no entorno da Câmara, todas as denúncias
que eu fiz inúmeras vezes, de crianças que são obrigadas a sair e fazer
pequenos furtos, como são obrigadas a fazer lá no Centro, controlados por
gangues e nada foi feito. São entes independentes. E agora que nós nos
aproximamos de um pleito para Conselho Tutelar, eu vou entregar, daqui a alguns
minutos, estou fazendo a redação final de uma carta à Corregedoria e ao
Ministério Público, fazendo um relato de uma série de problemas.
E
eu recebi há poucos minutos, em meu gabinete, pessoas que vieram denunciar o comportamento
de como está ocorrendo a eleição para o Conselho Tutelar neste ano. Aquilo que
eu falei, e que alguns dizem que eu tenho de provar, pois eu tenho imunidade
parlamentar para falar, opinar, denunciar, agora eu posso dar o nome de quem é
ligado ao narcotráfico na Restinga, que o Poder Público garanta a minha
segurança pessoal e da minha família. A polícia sabe, todo mundo sabe! Todo
mundo sabe! Nós não seremos coniventes. Como eu também vou perguntar quais são
as denúncias que existem na Corregedoria e no Ministério Público a respeito de
alguns candidatos e até de alguns conselheiros? Nós queremos salvaguardar o
Conselho Tutelar, porque Porto Alegre foi o primeiro município deste País a ter
Conselho Tutelar, a ter um Conselho da Criança e do Adolescente, tem uma
história, tem gente que dá a sua alma para cuidar das crianças, mas há algumas
pessoas que se estão utilizando desse espaço para interesses particularistas.
Eu
acabo de receber uma denúncia, inclusive, de que na Região 1 e 2 se prometem
cestas de alimentos e outras coisas em troca de votos. Nós vamos às últimas
conseqüências nestes 30 dias. Não é uma área que eu tenho uma grande
intervenção. Há as minhas colegas aqui, Ver.ª Maria Celeste, que foi
Subsecretária do Município na área da Educação. A Maria Celeste foi Conselheira
Tutelar e tem, sem dúvida nenhuma, muito mais a contribuir do que eu. Mas eu
tenho um mandato popular e não me calarei diante das ilegalidades. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Aldacir Oliboni está com a
palavra em Comunicações.
Ora, é muito estranho que
nós vemos chegar aqui, nesta Casa, uma instituição – como aconteceu na semana
passada – quando o Presidente do Sindicato dos Restaurantes veio dizer que no
Rio de Janeiro o subsídio já está 2 reais e 50 centavos. Isso demonstra
claramente que devemos ter o controle do Poder Público, visto que, em apenas um
ano, já aumentou 2 reais e 50 centavos. Esse Projeto que apresentamos e é de
conhecimento nosso que no Rio Janeiro estava 1 real e 85 centavos. Causa
estranheza, agora, dizer, dito pelo Sindicato dos Restaurantes de Porto Alegre,
que eles também querem se habilitar aos serviços e fazer convênio com o Poder
Público. Eu acredito que esse é um Projeto que vem ao encontro dos excluídos e
não daqueles que têm condições de pagar 3 reais, 4 reais.
O Sr. João Antonio Dib: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Aldacir Oliboni, a afirmação não foi dos hoteleiros, foi
de Vereador da Bancada de V. Ex.ª. Dois reais e 85 centavos o subsídio para a
refeição de 1 real no Rio de Janeiro.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Se assim procede, Vereador, nós queremos
partir lá do início, de que de fato, se o Projeto, o PL for autorizado e não o
Substitutivo, vamos estar legalizando a terceirização dos serviços, que
possibilita, a qualquer momento, aumentar a refeição, enquanto que o
Substitutivo nº 1, tendo o controle do Poder Público, pode até aumentar o preço
dos hortifrutigranjeiros, por exemplo, mas o restaurante, a refeição nunca
ultrapassará mais do que 1 real.
Portanto,
queremos deixar claro, aqui, que esse Substitutivo nº 1, apresentado por este
Vereador é que se diferencia dos demais, porque ele de fato tem que ter o
controle do Poder Público para não, logo ali adiante, subir demais a refeição e
ficar aquém das necessidades dos excluídos de Porto Alegre. Portanto, no
momento em que for votado este Projeto peço a sensibilidade dos nobres Pares
para avaliar essa questão. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
2945/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 194/01, de autoria dos Vereadores Beto Moesch e
José Fortunati, que institui distância mínima nas pavimentações dos logradouros
do Município de Porto Alegre. Com Emenda
nº 01.
2ª SESSÃO
PROC.
3149/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 220/01, de autoria do Ver. Almerindo Filho, que
dispõe sobre a garantia da permanência de acompanhante nos casos de internação
hospitalar de idosos. Com Emenda nº 01.
3ª SESSÃO
PROC.
3188/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 223/01, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Lioveral
Bacher.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Adeli Sell está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, hoje
temos apenas três projetos na Pauta. Vou falar rapidamente de um Projeto que já
falei na semana passada, que é do Ver. João Bosco Vaz, que concede o Título
Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Lioveral Bacher. Nós já
salientamos, na Sessão passada, o quanto é importante na nossa Cidade que
algumas pessoas se dedique a dar sustento, a dar guarida às atividades na área
do esporte e do lazer.
Um
dos maiores problemas de qualquer cidade moderna, de grande cidade é a questão
da falta do espaço, exatamente para o usufruto das suas horas de lazer, as suas
horas vagas.
Os
campeonatos de futebol de várzea sustentado pela Paquetá, pelo Sr. Lioveral
Bacher, têm sido um exemplo ímpar, de como é importante esse tipo de atividade
e, principalmente, quando ela é feita, Ver. Marcelo Danéris, com a Secretaria
Municipal de Esporte e Lazer, numa parceria com o Poder Público e o privado.
Estou cada vez mais convencido de que no mundo moderno, sem nós trabalharmos
com essa perspectiva de cada vez mais haver de forma independente, é claro, mas
com convênios firmados entre o Poder Público, as Organizações
não-governamentais e a própria iniciativa privada, o quanto nós podemos evoluir
numa área como é a questão do esporte e do lazer. Eu aprendi ao estudar a forma
como o turismo se organiza em Barcelona, numa perfeita sintonia entre o público
e o privado, inclusive com seu escritório de turismo tendo um aporte de 50% de
dinheiro da iniciativa privada e 50% do Poder Público, sendo que o presidente
desta instituição é da iniciativa privada e o secretário executivo do Poder
Público. Quando há essa soma de esforços, nós, indiscutivelmente, temos
condições de trazer maiores benefícios para o conjunto da população.
É
muito ruim quando alguns setores que se vinculam a determinadas práticas da
sociedade, como esporte, queiram tomar conta de tudo e acabam não fazendo
absolutamente nada ou quando o Poder Público quer tudo isso para si sem abrir a
possibilidade de uma parceria com a iniciativa privada, nem um nem outro
funcionam. E, nesse sentido, Porto Alegre já tem mostrado o caminho, é preciso
fazer parcerias, é preciso trabalhar entre o público e o privado. Por isso o
meu apoio ao Projeto do Ver. João Bosco Vaz. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu
realmente, hoje, estou surpreendido, uma Pauta civilizada, faz muito tempo que
eu não vejo uma igual: três Projetos de Lei, um em 1ª Sessão, um em 2ª, e um na
3ª Sessão de Pauta. Deveria ser assim para menos, porque o que precisamos não é
mais leis; nós precisamos mesmo é o cumprimento às leis e isso tem sido falho.
E há leis que não precisam ser feitas, mas são propostas e têm de ser
discutidas.
Eu
sempre digo que os partidos, ao final, têm, todos, as mesmas metas, isto é, a
conquista do poder para a realização do bem comum. Os caminhos para a conquista
do poder, de repente, são diversos, a interpretação do que seja bem comum
também pode ser diferente de um partido para outro, mas todos desejam o bem.
E
vejam V. Ex.as que as diferenças partidárias nem sempre são
expressadas em todos os atos dos Vereadores. E aqui estão os Vereadores Beto
Moesch e José Fortunati propondo um Projeto de Lei para que as águas escoem
melhor nas nossas sarjetas. (Lê.) “Fica instituída a distância mínima entre o
pavimento e meio-fio dos logradouros do Município de Porto Alegre.”
O
curioso é que nem o Ver. Beto Moesch e nem o Ver. José Fortunati são
engenheiros, e a Prefeitura tem uma plêiade de engenheiros. Há poucos dias, eu
ainda notava que aqui, na Av. Loureiro da Silva, a Perimetral, foi reasfaltado
o pavimento, e a boca-de-lobo foi tomada pela metade. É estranho que dois
Vereadores, que não são engenheiros, que não têm a responsabilidade sobre a
pavimentação das ruas da nossa Cidade, lembrem à Prefeitura que as águas devem
escoar na sarjeta. Não havia necessidade de um Projeto de Lei, mas é a maneira
de fazer, e eu tenho de cumprimentar os dois Vereadores, ainda mais pela
preocupação que os dois, de partidos diferentes, têm para que as águas escoem e
para que nós não tenhamos alagamentos muitas vezes desnecessários.
O Sr. Beto Moesch: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. João Antonio Dib, justamente por nós alertarmos várias vezes a
Prefeitura de que o asfaltamento não deveria se dar até o meio fio e cansados
de não receber nenhum tipo de resposta, aliás, ao contrário, insistem em
asfaltar junto ao meio-fio, é que tivemos de apresentar o Projeto de Lei para
que o debate se estabeleça. Muito obrigado.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu entendo perfeitamente, até havia
ressaltado esse fato. É triste que se tenha necessidade de fazer um Projeto de
Lei desse porte para que a Prefeitura entenda que a água deva escoar com
facilidade junto ao meio-fio, para que as bocas-de-lobo, os bueiros, como
queiram, possam colher a água que ali escoa.
O
Ver. Almerindo Filho dispõe sobre a garantia da permanência de acompanhante nos
casos de internação hospitalar de idosos. Eu já disse que a pessoa realmente
capacitada para tratar desse problema seria o Ver. Humberto Goulart, que é
médico e que está completamente voltado aos problemas da saúde. Há uma Portaria
do Ministro José Serra assegurando que é obrigatória, nos hospitais públicos
contratados ou conveniados com o Sistema de Saúde, a viabilização de meios que
permitam a presença de acompanhantes a pacientes maiores de 60 anos de idade, quando
internados. O Ver. Almerindo Filho fala em permanência no caso de 60 anos
também, mas para todos os hospitais, só não diz quem vai pagar e, se não
pagarem, não vai acontecer nada. Esta idéia é boa, eu gostaria que ela fosse
mais bem cuidada e estudada.
Sr.
Presidente, pela primeira vez, eu vou poder falar a respeito de todos os
processos constantes na Pauta. O Ver. João Bosco Vaz propõe um título de
Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Lioveral Bacher. Eu estou realmente
impressionado, pois em todos os três dias de Pauta, os Vereadores falaram no
Projeto de Lei, aplaudindo o Ver. João Bosco Vaz. Saúde e paz! Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu
gostaria de me referir ao Projeto do Ver. Almerindo Filho, que dispõe sobre a
garantia da permanência de acompanhante nos casos de internação hospitalar de
idosos. Eu gostaria de ter a atenção do Ver. Humberto Goulart para que pudessem
ser esclarecidos alguns detalhes. Este Projeto garante a permanência de
acompanhante na internação de idosos, e idoso é aquele que possui mais de 60
anos. No meu entendimento, a Portaria nº 280, de 7 de abril de 1999, do Ministério
da Saúde, já determina essa providência. Portanto, se essa providência não vem
sendo cumprida, é outro assunto. No meu entendimento, até gostaria que V. Ex.ª
me fortalecesse nessa idéia. Este Projeto é inconsistente e desnecessário.
O Sr. Humberto Goulart: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) O SUS já prevê isto. Em todos os hospitais do Sistema Único de
Saúde, uma pessoa de terceira idade, ao ser internada, tem o direito de ficar
com um acompanhante. Isto já é lei há algum tempo. Provavelmente, o que o
Vereador quer é ratificar isto, porque nem sempre é cumprido.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Mas penso que se há um...
O Sr. Humberto Goulart: Não tem de pagar. O SUS garante a
permanência de acompanhante para a terceira idade. O Ver. Reginaldo Pujol
perguntou se tem de pagar. Não, não tem de pagar, o atendimento é pelo SUS.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Se há uma determinação federal, penso que
não seria necessário um projeto, em nível municipal, sobre este assunto.
O Sr. Aldacir Oliboni: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. João Carlos Nedel, é importante salientar que os recursos
destinados ao Município, que V. Ex.ª sabe muito bem que vêm direto do Governo
Federal, determinam, além de uma quota, o valor da internação. Os hospitais,
sejam eles filantrópicos ou não, conveniados ao SUS, disponibilizam para cada
leito, por exemplo, seis camas, seis leitos. E de que forma o acompanhante terá
espaço nesse local? É importante que as verbas destinadas ao SUS venham a
atender a necessidade de demanda, paguem melhor, distribuam melhor os recursos
e, aí, sim, haverá, possivelmente, espaços para atender a este Projeto
solicitado e apresentado pelo Ver. Almerindo Filho.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Agradeço e peço que o Município também
fortaleça a sua parte no investimento na área da saúde. Aí todos os pacientes
serão mais bem atendidos.
Há
também um Projeto de autoria dupla, dos Vereadores Beto Moesch e José
Fortunati, que institui distância mínima nas pavimentações dos logradouros.
Segundo o Vereador informa, essa distância mínima é entre o pavimento e o
meio-fio, ou seja, é aquela parte que fica entre o meio-fio e o leito da rua.
Ver. Beto Moesch, V. Ex.ª poderia explicar um pouco melhor, já que o Projeto é
da sua autoria?
O Sr. Beto Moesch: Pois não, a Engenharia recomenda que, ao
asfaltar-se determinada avenida, tem que haver um recuo, uma distância entre o
asfaltamento e o cordão da calçada, para que a água possa penetrar na sarjeta.
Isto também para a segurança da calçada, porque a calçada deve estar mais alta
do que a rua, para os pedestres poderem andar acima da rua. Então, é uma
segurança tanto para o pedestre como para diminuir a impermeabilização do solo,
para que a água possa penetrar. Como isto não está ocorrendo na Cidade de Porto
Alegre, e como pedimos várias vezes isso, achamos por bem, para que se debata o
assunto, elaborar um Projeto de Lei.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: À primeira vista, este Projeto traz duas
soluções: ele, efetivamente, melhora a permeabilização do solo; por outro lado,
ele também permite a acumulação de detritos nessa área e, normalmente, origina
grama e outros detritos que atrapalham a beleza da Cidade e a sua limpeza. É um
Projeto para ser discutido e avaliado. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, como
diz o Ver. João Dib, nós temos três Projetos em Pauta: o do Ver. João Bosco
Vaz, que concede o Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Lioveral
Bacher, que todos já apoiaram da tribuna, e me incluo entre os que apóiam; o do
Ver. Almerindo Filho, que dispõe sobre a garantia da permanência de
acompanhantes nos casos de internação hospitalar de idosos, que foi salientado
pelos Vereadores Humberto Goulart e João Dib, foi dada a informação de que a
Portaria do Ministério da Saúde nº 280, de 07 de abril de 1999, já prevê essa
situação, estabelecendo a autorização ao prestador de serviços, a cobrança, de
acordo com as tabelas do SUS, das despesas previstas com acompanhante, cabendo
ao gestor a devida formalização dessa autorização de cobrança na Autorização de
Internação Hospitalar, a AIH. Tão logo ouvi essas considerações, me transferi,
Ver. Humberto Goulart, ainda que de forma simbólica, para alguns hospitais de
Porto Alegre que conheço e que trabalham com o SUS. Fui no melhor; fui no Grupo
Hospitalar Conceição e verifiquei - na minha memória está escrito -, que lá nós
temos com freqüência quatro ou cinco leitos colocados na mesma dependência,
face à excessiva demanda que existe.
Observo
algumas dificuldades de ordem prática, porque para nós assegurarmos essa
disposição correta de termos um acompanhante da pessoa de idade adulta, de
idade superior a 60 anos, a mim, vale dizer, nós temos a dificuldade que, muito
provavelmente, a cada acompanhante que se coloque, se reduza a capacidade de
internação de uma das pessoas, um dos doentes que mitigam pelo atendimento do
SUS, que é limitado nos recursos e na capacidade física de atendimento como V.
Ex.ª bem sabe.
Mas
voltarei a tratar deste assunto, porque, hoje, eu quero desembocar no Projeto
de Lei conjunto do Ver. Beto Moesch e do Ver. José Fortunati que restaura, por
assim dizer, a velha sarjeta nas vias públicas de Porto Alegre. Nós andamos e
voltamos ao começo. Eu não me surpreendo que o Ver. Beto Moesch, inteligente
como é e jovem e o Ver. José Fortunati, competente como só é ser, tenham
flagrado essa realidade que nós jamais flagramos e não tivemos o cuidado de
fazer uma lei, porque parece incrível que para um assunto como esse seja
necessária a feitura de uma lei para que a inteligência volte a presidir a
realização de obras públicas na Cidade de Porto Alegre. O que se vê nos dias
presentes é, Ver. Beto Moesch, aquilo que conversávamos há pouco, a excessiva
utilização da via pública para a colocação do asfalto ou para a pavimentação em
concreto armado e, com freqüência, a redução expressiva da boca-de-lobo que
acaba ficando reduzida praticamente a sua metade, quando não mais do que isso,
dificultando o escoamento das águas e proporcionando, por conseguinte, os
alagamentos que a Cidade tem sido vítima com muita freqüência e que toda a
Cidade de Porto Alegre aponta como um dos motivos principais o entupimento da
boca-de-lobo, que muitos entendiam, Ver. Humberto Goulart, que era só
decorrente do lixo que para ali é recolhido, mas que não é. Com muita
freqüência é a própria Administração do Município que, ao restaurar a
pavimentação das ruas, o faz de forma desordenada, a ponto de comprometer a
utilização e a eficácia da boca-de-lobo. Então, Ver. Beto Moesch, eu que hoje
reclamei, mais uma vez, de que nós vivemos numa Cidade onde as leis não são
cumpridas, quero cumprimentar V. Ex.ª e o Ver. José Fortunati por esta lei e
almejar, não só, Vereador-Presidente, que me alerta que o meu tempo se conclui,
não só, repito, comprometermo-nos com o apoio e com a sua aprovação, mas também
rezarmos, e muito, para que depois ela seja cumprida. Até que paremos de rezar
e nos impusermos como Poder nesta Cidade e assim exigir do Poder Executivo o
cumprimento da lei que, tão freqüentemente e abusivamente, é desrespeitada.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Haroldo de Souza está com a
palavra para discutir a Pauta. Eu até peço desculpas a V. Ex.ª, que estava
inscrito em quarto lugar, mas este Presidente se equivocou e, portanto, V. Ex.ª
é o último Vereador para discutir os projetos aqui.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente em exercício, Ver. Paulo
Brum, Srs. Vereadores, porto-alegrenses. Não há nenhum problema, Ver. Paulo
Brum, a ordem não vai alterar absolutamente nada. Estou aqui para, dos três
Projetos que estão na Pauta, cumprimentar a dupla Ver. Beto Moesch e Ver. José
Fortunati pelo seu Projeto, pois nas coisas simples é que encontramos coisas
importantes. Diz aqui: “Atentos aos acontecimentos, constataram a necessidade
de dotar o Poder Público de algumas normas, que deveriam ser de
responsabilidade da engenharia da Prefeitura Municipal”. Mas nós estamos aqui
exatamente para isso. E disse bem o Ver. João Dib: “A união de dois Partidos, a
união de dois Vereadores para fazer um trabalho para o bem comum”. Meus
cumprimentos. Há exposição farta de detalhes, numa simplicidade, de uma coisa
tão simples para tentar evitar o alagamento em nossa Cidade, pelo menos,
diminuir, já tem o suficiente para que eu possa dar o meu voto de aprovação a
este Projeto.
O
outro Projeto, do Ver. Almerindo Filho, dispõe sobre a garantia da permanência
de acompanhante nos casos de internação hospitalar de idosos. Já se falou que
já existe uma lei. O Ver. João Nedel já teria vindo aqui com uma lei federal,
mas que, pelo menos, este Projeto seja observado e que sirva para alertar para
mais uma lei que existe, como diz o Ver. João Dib, e que não é cumprida. Nós
temos muitas leis.
O Sr. Humberto Goulart: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Eu sei que V. Ex.ª é a favor, por isso vou ratificar tecnicamente
esta intenção. Existe uma Portaria - e agora o Vereador apresenta uma lei -, do
Ministério da Saúde. Essa Portaria é muito oportuna, porque ela privilegia uma
pessoa que está necessitando de algum cuidado especial. E como nós fizemos no
Hospital Conceição, como disse o Ver. Reginaldo Pujol? Nós não temos usado
outro leito, não subtraímos outro leito da população, colocamos uma cadeira ao
lado do leito da pessoa de terceira idade, e os familiares se revezam naquela
cadeira, durante a noite, fazem turnos de cuidados. Quem vai cuidar de um
doente que está necessitando, não precisa dormir, eles já estão preparados
emocionalmente para isso.
Então,
sempre que surgirem leis, portarias, encaminhamentos para a terceira idade - de
quem os governos subtraem tudo no momento da aposentadoria, uma pessoa passa a
vida inteira dando a sua pressão arterial para o trabalho, dando o seu pulmão
para o trabalho, principalmente nas minas; trabalhando bastante para depois ver
subtraído o seu salário, porque, quando se aposenta, se aposenta com menos, não
consegue comprar, a não ser que os genéricos baixem bastante o remédio para o
diabético, remédio para hipertensão, remédio para todas as epidemias e doenças
que acontecem nessa idade -, nós temos que garantir sempre. E para isso, para a
terceira idade, eu entrei com um projeto que garante, isso não tem portaria
nenhuma, o atendimento em um posto de saúde. Sempre que uma pessoa for a um
posto de saúde, ela não tem privilégio, porque se há uma pessoa mais doente,
tem de ser atendida, mas ela ficará esperando e será garantido o seu
atendimento. O Vereador não sabe o quanto é importante ficar uma pessoa de
acompanhante, porque as enfermeiras têm muitos leitos para cuidar. Elas dão uma
injeção, vêem os sinais vitais, a pressão e a temperatura da pessoa e se
ausentam, e aquela pessoa idosa fica a buzinar a campainha a precisar de
atenção, que o familiar sentado ao lado do leito dá. Eu sei que V. Ex.ª é
completamente a favor disso, como já conversamos anteriormente, por isso vim
dar o aparte técnico e ilustrar a sua fala. Muito obrigado.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Das palavras do Vereador, eu faço as
minhas palavras. E quem sentiu que o nobre Ver. Humberto Goulart estava tomando
todo o meu tempo, é que tínhamos acertado antes. Eu penso que assim é fazer
política. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O
Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o que
me traz a esta tribuna, e agradeço ao Líder Nereu D’Avila, é uma situação que
tive confirmada ontem, que nos está preocupando e que, talvez, nem os
Vereadores do PT estejam sabendo da coisa como está acontecendo. Nós saudamos
nesta Casa, e o Estado levantou bandeiras, quando conseguimos fechar o acordo
com a Argentina para o gás natural. Em seguida, este Vereador, a pedido do
SINTAPA, Sindicatos dos Taxistas, apresentou um Projeto nesta Casa para que os
táxis de Porto Alegre pudessem usar o gás natural veicular como combustível. É
uma medida econômica; ajuda o ambiente, e muito, e esta Casa, de maneira
unânime, aprovou o Projeto. Mas, agora, está acontecendo algo que é
inacreditável. Sr. Wilson, representante do Prefeito nesta Casa, os postos de
gás veicular em Porto Alegre não se podem estabelecer ainda, porque a SMAM –
Secretaria do Meio Ambiente – quer que a SULGÁS, que é estatal do Governo,
portanto, também do Partido dos Trabalhadores, pague pelo solo de Porto Alegre
para poder instalar os postos.
Estava
conversando com o Ver. Beto Moesch, que é o maior entendido sobre o meio
ambiente, advogado esclarecido, sabe mais até que o nosso Secretário e outros
Secretários que já ocuparam esta pasta, que pode até ser legal, do ponto de
vista legal. Agora a SMAM, que defende o meio ambiente, ao contrário, em vez de
incentivar a instalação de postos de gás veicular para que possamos diminuir a
poluição, para que possamos melhorar o ar que respiramos, pois a SMAM só vai
deixar instalar os postos, aqui, se a SULGÁS pagar para usar o solo de Porto
Alegre. A informação que eu tenho é de que os taxistas estavam indo a Canoas
para poder abastecer no Posto de Canoas. Agora, como o gás está ai, o duto está
na Av. Assis Brasil, a SULGÁS assinou um papel em branco com a SMAM
comprometendo-se a pagar, porque precisa instalar os postos, mas não sabe
quanto que vai pagar pelo solo, porque a SMAM ainda não definiu. A SULGÁS, para
autorizar a instalação de postos de gás veicular, tem de pagar à SMAM pelo uso
do solo de Porto Alegre. Por isso que os postos ainda não estão instalados. Vou
propor na Comissão do Direito dos Consumidores e Direitos Humanos, amanhã, que,
tanto a SULGÁS como o Ver. Gerson Almeida, que é o Secretário, os dois venham a
esta Comissão, porque o consumidor é quem está sendo prejudicado com essa
situação, a Cidade está sendo prejudicada pela poluição. Quero deixar este
registro e também deixar uma sugestão à SMAM sobre outra situação.
Quem
caminha, como eu caminho, diariamente, no Gasômetro, à beira do rio, não dá
para entender por que a SMAM não autoriza que a Prefeitura possa fazer ali,
organizadamente, quiosques para os vendedores, pois eles ali estão enfeando
aquela orla com carrocinhas, com carros, com isopor gigante. Mas basta a
Prefeitura embelezar e construir, com parceria da iniciativa privada, quiosques
bonitos, para que aqueles vendedores que ali estão possam ser contemplados. A
informação que tenho é de que a SMAM não permite que isso aconteça. Nós teremos
muito assunto na Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, Ver.
Cassiá Carpes. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Beto Moesch está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, vimos
mais uma vez à tribuna, em espaço de Liderança, mais uma vez concedido pelo
nosso Líder, Ver. João Antonio Dib, para falar sobre um assunto embaraçoso e
entristecedor para esta Casa. Nós usamos o tempo de Liderança, na quarta-feira,
para alertar esta Casa sobre um fato, ao nosso ver, ilegal por atrapalhar a lei
e a participação da sociedade no processo decisório, que é o alargamento da Av.
João Pessoa para dentro do Parque Farroupilha.
Representamos
ao Ministério Público e estivemos, sábado, de manhã, ali no Parque Farroupilha,
Parque da Redenção, juntamente com os usuários do Parque, com entidades
ecológicas, sendo que algumas são pertencentes ao Conselho Municipal do Meio
Ambiente, que são os órgãos que deveriam deliberar sobre isso, mas que, em
nenhum momento, foram consultados como a legislação prevê. Fomos para conversar
com o Secretário de Obras, Guilherme Barbosa. Quando cheguei ao Secretário
Guilherme Barbosa para explicar que estávamos ali, muito tristes, e que por
isso gostaríamos que as obras fossem suspensas para que a sociedade pudesse ser
consultada, para que a sociedade, como determina a legislação, em diversas
normas, pudesse participar sobre o debate, para apresentar alguma alternativa
ou exigir uma compensação ambiental para o fato, simplesmente por isso é que
nós estávamos ali, pois, pasmem, olhem a reação do Secretário Guilherme
Barbosa: “Quem é o PPB para falar em consulta à sociedade?” Como se ele fosse o
baluarte da democracia? “Quem é o PPB para falar em participação da sociedade
no processo decisório?” Depois, vem aqui o Sr. Prefeito, nesta tribuna, dizer
que o Executivo quer estabelecer um diálogo com as oposições. Ou isso não é
verdade ou o Secretário Guilherme Barbosa está em total dessintonia com o Sr.
Prefeito. Algo está errado, foi uma atitude pedante, uma atitude lamentável,
antidemocrática, inaceitável, não só para o PPB, mas para os Partidos de
oposição que não podem aceitar uma atitude dessas, que não quer o diálogo, que
afasta a sociedade como um todo e os partidos da oposição. Nós estávamos lá,
cumprindo com o nosso dever, como aliados, e o Sr. Secretário deveria também
fazê-lo, porque a participação da sociedade num processo desses está
estabelecida pela legislação. E nós estamos aí, apenas, para que a lei se
cumpra e temos que receber como resposta isso: “Quem é o PPB para falar em consulta
à sociedade? Quem é o PPB para exigir a participação da sociedade no processo
decisório?” Uma atitude lamentável de quem foi, inclusive, Líder da bancada da
situação, aqui. Infelizmente, só posso dizer que é um homem despreparado para o
cargo que ocupa, porque representa ali o Sr. Prefeito, que disse, aqui, em
claro e bom tom, que o objetivo era que se estabelecesse um diálogo com as
oposições, porque as oposições eram imprescindíveis para a administração da
Cidade de Porto Alegre. Ou não é verdade o que o Sr. Prefeito disse aqui ou o
Sr. Secretário Guilherme Barbosa está em total dessintonia com o Executivo, o
que também é muito grave.
De
qualquer sorte, a representação foi feita, o Ministério Público já instaurou
inquérito civil, e estamos, agora, aguardando o debate que o Executivo não
proporcionou com a sociedade para vermos quais as alternativas e quais as
compensações ambientais com relação ao Parque da Redenção, porque, ali, se
tomou uma atitude meramente pragmática e conservadora para se resolver o
problema do trânsito em detrimento do principal espaço cultural e ambiental da
Cidade de Porto Alegre, que é o Parque da Redenção. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sr.as e Srs.
Vereadores, especialmente o público aqui presente na Câmara, nesta tarde de
segunda-feira. É do conhecimento desta Casa, é do conhecimento da sociedade
brasileira que o meu Partido, o PMDB, fará convenção nacional no dia 9 de
setembro, em Brasília para renovar o seu comando nacional. Sinto-me no dever,
na medida em que tenho um mandato popular, de externar aos meus colegas
Vereadores uma posição que tomei sobre essa matéria.
Eu
sou militante do MDB há vinte e dois anos, sou fundador do PMDB como tantos
neste Estado e neste País. Já disse, desta tribuna, Ver. Pedro Américo Leal,
que creio que o meu Partido cumpriu um papel histórico importante ao longo de
mais de trinta anos de existência, no período de redemocratização do nosso
País. Mas entendo que o meu Partido, de 1985 para cá, vem-se afastando da sua
constituição, do seu debate originário. Um partido que nasceu com forte
participação popular para combater a ditadura, para defender o estado
democrático de direito, para buscar a anistia, as Diretas-Já, a Constituinte -
e essas foram importantes etapas vencidas na vida brasileira. E não foi o MDB
que as conquistou; mas ele, junto com parcela significativa da sociedade
brasileira, buscou essas conquistas. Mas este Partido que avançou nessa direção
tem trazido para nós, militantes de base, apenas desilusões, de 1985 para cá. O
Partido tem desviado de seu eixo de luta popular e tem-se transformado num
partido fisiológico e “carguista” que vem apoiando um Governo Federal que está
de costas para as questões sociais deste País. Este Vereador, em várias
oportunidades, no debate interno - e V. Ex.as sabem que presidi o
PMDB por muitos e muitos anos, nunca me calei nem quando tínhamos o Governo do
Estado do Rio Grande do Sul e que o meu Governo, na totalidade, apoiava este
projeto neoliberal. Nunca estive alinhado com este projeto do Sr. Fernando
Henrique Cardoso, o qual respeito, mas pensamos diferentemente, Ver. Adeli
Sell. Imaginávamos, nós, que depois de um acúmulo de debate interno, o PMDB do
Rio Grande do Sul, que foi vanguarda ao longo da história das transformações do
nosso Partido, tomasse uma posição diferente da que tomou em relação à sucessão
nacional que ora vai acontecer no domingo. O Partido, Ver. Nereu D’Avila,
infelizmente, vai marchar para uma convenção em Brasília aonde vai chancelar a
vitória dos governistas e onde vai chancelar o apoio ao governo do Sr. Fernando
Henrique Cardoso.
Portanto,
quero comunicar a esta Casa que, na condição de delegado, tão logo após este
pronunciamento, estarei me dirigindo à sede do PMDB do Rio Grande do Sul para
entregar a minha carta de renúncia à condição de delegado nacional do PMDB,
porque não vou legitimar o ilegitimável, aquilo do que já foi acertado nos
corredores do Congresso Nacional e nos salões amplos do Palácio do Planalto, de
uma candidatura que, na nossa avaliação, não representa o estuário da luta
popular do PMDB. Quero dizer que, a partir deste momento, este companheiro de vinte
e dois anos de luta popular dentro do Partido, que nunca militou em outra
frente partidária, Ver. João Bosco Vaz, ele está rebelado, sim. Está rebelado,
porque nós entendemos que a política deve ser o instrumento do coletivo e do
bem comum.
Não
se pode coadunar que um partido, no Rio Grande do Sul, que deveria mostrar para
o Brasil, diferentemente dos outros Estados da Federação, tenha trazido apenas
um dos candidatos à Presidência Nacional do PMDB. Vejam que estranha
coincidência: dois dias antes de o diretório regional tomar a posição de qual a
candidatura iria apoiar.
Eu
não posso ir a Brasília legitimar aquilo que é ilegitimável, aquilo que foi
fruto de um acerto e não de um debate. Porque, se fosse no debate, nós perdemos
no debate e perdemos no voto e não há nenhum problema. Agora, quando é no
conchavo, nós não aceitamos.
Portanto,
quero deixar registrado para os Anais desta Casa que, nesta tarde, estaremos
entregando a renúncia da condição de delegado nacional do PMDB na convenção
marcada para o dia 9 de setembro. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente em exercício, Ver. Elói
Guimarães, Srs. Vereadores, Sr.as Vereadoras, senhoras e senhores,
eu queria, em primeiro lugar, usando o tempo de Liderança do meu Partido, me
solidarizar com o Ver. João Bosco Vaz, que tem a mesma preocupação que nós
temos com a nossa orla, que é belíssima, um pôr-do-sol que poucas cidades têm
no mundo; devemos valorizar esse pedaço de solo que tem tanto valor para
aquelas pessoas que querem fazer ginástica, caminhar, tirar aquele estresse do
dia-a-dia, até temos projeto para a valorização dessa orla. Tudo o que
acrescentarmos ali, Ver. João Bosco Vaz, tenho a impressão de que vamos
colaborar, dar o nosso auxílio, dar a nossa contribuição para que se valorize
ainda mais essa orla, esse pedaço valioso da nossa Cidade.
Mas
queria aproveitar a oportunidade, porque a Tribuna Popular foi muito
importante, na sexta-feira, para o Instituto Educacional Gema Angelina Belia,
pois fiquei sabendo agora há pouco, Ver. Nereu D’Avila, que a Secretária de
Educação marcou a reunião para amanhã. Então, como é importante a valorização
da mobilização daquela escola, dos professores, dos alunos, que lotaram este
Plenário, que vieram com muita força, com muita vontade! Houve uma convocação
geral da comunidade e a Secretária sensibilizou-se e vai receber amanhã essa
comissão da Escola, às 17h, na Secretaria de Educação. Aproveito a oportunidade
para convidar os Vereadores, principalmente aqueles que são da Comissão de
Educação, para que se façam presentes, para que possamos ir lá ver o que está
acontecendo para tomarmos conhecimento do teor da reunião, já que entendo que é
desta forma que se chega a um denominador. A Escola está preocupada, pois tem
uma área - tenho certeza de que todos os Vereadores conhecem - boa, ótima, bem
localizada, e é natural que quando se perde uma escola se ganhe outra; quer dizer,
sai daquele terreno que tem uma área de quadra, que tem uma área para a prática
do esporte, 11km2, se não me engano, e que vai dar lá sustentação
para aquelas famílias, para aquelas crianças e adolescentes naquela região.
Então, fiquei gratificado pela nossa luta, aqui, na Casa, na Tribuna Popular,
foi muito útil à escola, à comunidade.
Quero
só aproveitar esta oportunidade de Comunicação de Liderança e informar os Srs.
Vereadores de que amanhã, às 17h, na Secretaria de Educação, a Escola, a
comunidade e as lideranças serão recebidas. É muito bem-vinda a nossa
participação nesta reunião, onde nós vamos poder, quem sabe, sentir a boa
vontade da Secretária para que resolva, realmente, o problema desta Escola,
daquela comunidade. Muito obrigado Sr. Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Paulo Brum está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. PAULO BRUM: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sr.as Vereadoras, vou-me referir a um
grande evento, na sexta-feira, à tarde, na Assembléia Legislativa do Estado do
Rio Grande do Sul, onde tivemos, sem sobra de dúvida, uma das maiores
manifestações de cidadania, que foi o lançamento oficial, aqui, no Estado do
Rio Grande do Sul, do passe livre às pessoas portadoras de deficiência no
transporte interestadual.
Tivemos
o prazer de ter a presença, naquele evento, do Ver. Fernando Záchia, Presidente
desta Casa.
Segundo
dados da assessoria do Ministro Eliseu Padilha, aproximadamente mais de quatro
mil pessoas portadoras de deficiência, entre deficientes físicos, cegos, surdos
e mentais estão sendo beneficiados com o passe livre cujo lançamento
consagrou-se numa verdadeira festa da cidadania. Esteve presente o Sr. Ministro
dos Transportes, Eliseu Padilha, fazendo a entrega oficial das carteiras aos
primeiros vinte portadores de deficiência que haviam encaminhado a solicitação
ao Ministério. Tivemos a participação das quatro Federações que congregam
pessoas portadoras de deficiência no Estado do Rio Grande do Sul. A Federação
dos Deficientes Físicos, a qual tenho muita honra de ser o seu representante;
tivemos a Federação dos Cegos; a Sociedade dos Surdos; a Federação das APAEs no
Estado do Rio Grande do Sul; diversas escolas, entre elas o Recanto da Alegria
e a Escola Especial Kinder. Tivemos também o CEREPAL, que é o primeiro Centro
de Reabilitação dos lesados cerebral do País; tivemos a nossa AACD, que
completa um ano aqui no Estado do Rio Grande do Sul.
Foi,
realmente, uma grande festa, onde nós efetivamos essa conquista que já estava
escrita, desde 1988, na nossa Constituição Federal.
De
outro lado, Sr. Presidente, quero destacar também que esteve lá, representando
o Governo do Estado, o Deputado Beto Albuquerque, Secretário Estadual de
Transportes do Estado do Rio Grande do Sul e, talvez, num dos grandes momentos
históricos, que vai ficar na nossa história de luta das pessoas portadoras de
deficiência, foi o compromisso público do Sr. Secretário Beto Albuquerque de
que o Governo do Estado vai regulamentar o que diz o art. 262 da Constituição
do Estado do Rio Grande do Sul, que determina que as pessoas portadoras de
deficiência, notadamente carentes, tenham direito ao passe livre intermunicipal
nos ônibus do nosso Estado.
Um
Projeto de Lei de autoria do Deputado Adilson Troca, do meu Partido, foi
aprovado por unanimidade na Assembléia Legislativa pelos Srs. Deputados, mas,
infelizmente, o nosso Governo do Estado não deu guarida à manifestação do DAER
e à própria manifestação da Assessoria do Sr. Secretário de Transportes que
disse, sim, que a matéria tinha mérito, que a Constituição do Estado assim
previa e que dependia de uma lei para regulamentar esse passe.
Portanto,
o Sr. Secretário dos Transportes assumiu um compromisso público, com a
imprensa, com mais de quatro mil pessoas portadoras de deficiência, com todas
as representações dessa camada da população de que, no máximo, em 30 dias, o
Estado do Rio Grande do Sul irá conceder esse benefício, um direito das pessoas
portadoras de deficiência, notadamente carentes, que elas tenham direito a sua
inclusão social.
Assim,
Sr. Presidente, deixo este registro de que, em breve, teremos mais esse direito
no Estado do Rio Grande do Sul, visto que já temos a regulamentação em nível
interestadual e temos os passes gratuitos em nível municipal. Se um deficiente
físico, que mora em Uruguaiana, pode ir a Brasília buscar a sua reabilitação
física sem pagar passagem, por que o deficiente físico que mora em Gravataí não
pode vir a Porto Alegre buscar a sua integração social? Este é o registro que
fazemos no dia de hoje em Comunicação de Líder do PSDB. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, hoje de
manhã, eu gravava um programa para o Canal 20, da Net, reunindo o filho do Sr.
Brizola, que hoje está presidindo a LOTERGS, reunindo algumas pessoas ligadas à
área de jogo de bingo em nossa Cidade e algumas entidades assistenciais. Nós estávamos
lá para descobrir por que determinados setores da nossa sociedade resolveram
investir contra as casas de bingo, querendo considerá-las praticamente
segmentos mafiosos dentro da nossa sociedade. Por que se exigem determinadas
funções para as casas de bingo que não são as funções normais, ao invés de
fazer com que sejam fiscalizadas, ao invés de se criar uma legislação para
fazer uma tributação que possa auxiliar a área de assistência social? Porque
hoje essas casas contribuem para a área de assistência social, Ver. Pedro
Américo Leal, não por meio dos tributos, mas diretamente. E eu dou um exemplo.
Os meus amigos do Mega Bingo, ali da Rua da Praia, auxiliam o Lar Santo Antônio
dos Excepcionais e o Pão dos Pobres. Hoje, quase todas aquelas obras feitas no
Pão dos Pobres foram por intermédio de subvenções oriundas do Mega Bingo. A
Federação de Natação existe hoje exatamente por causa dessa área dos bingos, e
assim tantas outras federações, como a Federação de Remo. Aí alguns setores, eu
penso que mal-intencionados, pretendem liquidar com os bingos, e dizem até que
os bingos vão existir só até o final do ano.
Eu
não entendo por que as casas de prostituição que proliferam em nossa Cidade não
recebem a mesma atenção. Por que é que as casas de prostituição ali no edifício
da Malcon, no Centro da Cidade, na Galeria do Rosário, para não falar outras
tantas - eu poderia citar dezenas de exemplos de casas de prostituição que
existem em nossa Cidade, que não são fiscalizadas, que não são autuadas, que
não recebem nenhuma opinião, por exemplo, do Ministério Público, que está louco
para terminar com os bingos, e que não recebem uma crítica sequer dos órgãos de
imprensa da nossa Cidade, de alguns setores jornalísticos da nossa Cidade, que
não fazem uma crítica a estas casas de prostituição, mas que estão loucos para
acabar com as casas de bingo. Qual é o interesse que existe por trás de tudo
isto? Sempre que acontece um ataque a determinada área - e já tivemos exemplos
e mais exemplos na nossa Cidade -, um ataque tão louco, como este que é feito,
sempre tem um grande interesse por trás.
Lembro-me,
Ver. Pedro Américo Leal, e eu estava vivendo nesta Casa na época em que algumas
empresas de comunicação desta Cidade e alguns setores políticos também faziam
grandes ataques, por exemplo, ao transporte coletivo e à ATP. Eles diziam que
as pessoas eram corruptas, não confiáveis e que vinha a esta Casa para comprar
Vereadores para terem as suas tarifas majoradas. Sabe o que aconteceu com o
passar do tempo, Ver. Pedro Américo Leal? Estas empresas, hoje, são as maiores
patrocinadoras, ou uma das maiores patrocinadoras que existem dos órgãos de
comunicação. E estas empresas acabaram fazendo uma aliança também com o Partido
que antes denunciava esta Casa. As tarifas aumentam, são majoradas e estas
pessoas que estão lá são as mesmas que estavam naquela época dirigindo esta
entidade, só que ninguém mais fala. Será que naquela época, quando se criticava
esta entidade, ou estas entidades, era com o interesse de tirar algum proveito?
Será que o mesmo não acontece agora com a área dos bingos? Acho que pode ser, e
é algo em que devemos pensar. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
O Ver. Estilac Xavier
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ESTILAC XAVIER: Sr. Presidente, Sr.as e Srs.
Vereadores, a Prefeitura de Porto Alegre estabeleceu, há praticamente oito
anos, um programa que se chama: Programa de Recuperação das Obras de Arte do
Município de Porto Alegre. Esse Programa atinge as quarenta e três obras de
arte que há. Notadamente o viaduto Obirici, que começou com a elevada, que
tinha um dos ramos deslocado; com a recuperação da passarela da Rodoviária; a
recuperação de todas as passarelas da Av. Ipiranga e a contratação de projetos
de recuperação da ponte da Av. Getúlio Vargas e da Rua Santana.
Atualmente,
o Governo está fazendo a recuperação do Viaduto Imperatriz Leopoldina, em cima
da I Perimetral. Este viaduto terá o seu tabuleiro levantado para substituição
dos aparelhos de apoio; vai ter reforço no tabuleiro pela aplicação do
pavimento em concreto, que será engastado ao corpo do viaduto. Portanto, com o
aumento de carga, ele terá de ser reforçado para suportá-la. É um viaduto,
todos sabem, de extrema importância naquela confluência que pega a Av. João
Pessoa, a Sarmento Leite, a Luiz Englert, a Havaí e a André da Rocha. Nesse
complexo, se retirado o viaduto, todos percebem que ali se cria um
congestionamento. A solução técnica, aprovada pelo Município e aplicada, é a
abertura de uma pista provisória, entrando no Parque da Redenção. O Ver. Beto
Moesch fez um protesto aqui sobre esse assunto. Há algumas cobranças que eu
gostaria de fazer, como alguns reparos e algumas informações. Estou informado,
Vereador, que houve um dissídio entre o Vereador e a representação da
Prefeitura num evento público que estava sendo filmado por televisão, e que lá
foram cobradas, duramente, do nosso Secretário, questões em relação ao Parque e
consultas populares, etc.
É
do nosso conhecimento, como também foi do seu relato, nobre colega, Ver. Beto
Moesch de que o Ministério Público não acolheu a pretensão que parasse aquele
trabalho provisório ali, necessário. O Ministério Público não acolheu, não se
manifestou. Portanto, é difícil prosperar um tipo de debate que procure
desconstituir um trabalho que é provisório, aliás, questionável, seria dizer, e
eu fui um. Falo isso com uma certa autoridade, quero fazer um depoimento aqui,
Ver. Beto Moesch. Quando se fez o tombamento do Parque Farroupilha, Redenção ou
Campo das Várzeas, como quiserem com os vários nomes que já teve, que não se
fez ainda o levantamento do memorial descritivo de cada bem tombado, o que
significa dizer que nós podemos estar tombando inclusive os areões que estão
ali e que são removíveis pelas chuvas, pelo vento e que são substituídos,
porque é disso que se trata. Nós entramos no areão contíguo ao lago, um trecho
de uma pista para fazer um espaço, um passeio. Se nós estivéssemos tratando do
pavimento da alameda principal, se estivéssemos tratando aqui do Solar das
Roseiras, do Solar do Buda, tratando do entorno ou até do corpo do Auditório
Araújo Vianna, daí o Vereador me colocou que fez um questionamento sobre a
participação popular, da democracia. Esse assunto pode ser visto de vários
enfoques, um deles, inclusive, nós vimos hoje aqui com a minha solidariedade
sobre como se tratam as questões de forma democrática. O Ver. Pedro Américo
Leal, por exemplo, deu um enfoque sobre a questão democrática interna, as
condições que estão sendo dadas em determinada instância política. Nós lá temos
convicção que estamos tratando o assunto de forma séria. É evidente que se
houvesse uma alternativa que não tivesse que fazer aquela entrada, não se
faria. Então, não há de se fazer uma celeuma em cima de uma questão que é
provisória, que não atinge bem histórico nenhum, a não ser deslocamento de
meio-fio e o areão que ali está e que, convenhamos, não são bens patrimoniais
tombados.
Então,
eu queria fazer esse reparo e dizer que a disputa que se estabeleceu frente às
câmeras não é condizente com o trato que temos tido e, principalmente, com a
conduta reta que tem tido o Ver. Beto Moesch nas questões ambientais. Mas eu
creio que tem um certo limite. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Solicito ao Ver. Paulo
Brum que assuma a presidência dos trabalhos para que este Vereador possa fazer
uma Comunicação de Líder.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Carlos Garcia está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, no
sábado, tivemos a oportunidade de
participar de um grupo de trabalho no Hospital Parque Belém, que contou com,
aproximadamente, quase duzentas pessoas. Aquele grupo de trabalho fez uma ampla
e profunda análise das condições do Hospital Parque Belém e da realidade da
região. Juntamente com a direção do Parque Belém, participou o Sr. Secretário
Municipal de Saúde, o Presidente do Conselho Municipal de Saúde, os diversos
diretores dos postos de saúde da região. E lá obtivemos um grande número de
dados estatísticos que a Prefeitura soube muito bem subsidiar com dados desde o
número de acidentes das ruas com maior trafegabilidade às demandas locais da
região. Então, fazendo com que aquele grupo pudesse ter uma visão macro de toda
a região sul da Cidade de Porto Alegre até ao extremo, envolvendo comunidades,
lideranças da Restinga, Pitinga, Rincão, Belém Velho, Vila Nova, parte do
Cristal, Tristeza, Ipanema, mostrando, então, que a população daquela região,
mais do que nunca, quer o estabelecimento de um Pronto Socorro da Zona Sul, ou
seja, um Pronto Socorro de emergência.
Foi
disponibilizada também a discussão viária da região sobre a questão dos meios
de transporte, o envolvimento de toda a questão da segurança e quais seriam as
maiores demandas da região. Portanto, tivemos a possibilidade de participar,
tanto no turno da manhã como no turno da tarde, com uma discussão das demandas,
mostrando que o Poder Público Municipal, e lá, volto a dizer, estava o
Secretário Municipal da Saúde, o Presidente do Conselho Municipal de Saúde,
mostrando que o Poder Público Municipal está demonstrando interesse para que a
região sul da Cidade possa ter um pronto socorro emergencial. Hoje resolvemos protocolar aqui na Casa algo que já
havíamos protocolado em 1997, mas como a discussão foi feita de forma morosa,
resolvermos fazer de forma mais incisiva. Estamos solicitando novamente que a
Via do Trabalhador, que hoje termina na Restinga, possa ir até o Hospital Parque
Belém. Fazendo com que a população de Viamão, Alvorada, Gravataí, Canoas,
Cachoeirinha, as cidades da Grande Porto Alegre, que hoje só tem uma opção, via
Zona Norte, possa ter uma outra opção pela região sul da Cidade. É importante
salientar que hoje o Hospital Parque Belém atende, em média, 30 mil
pacientes/mês, com uma média de mil pessoas/dia, mostrando que a demanda e a
necessidade são emergenciais.
Olho
o Ver. Pedro Américo Leal, que é o Presidente da Comissão de Saúde desta Casa,
e quero lhe informar, Vereador, que esta reunião foi muito boa e produtiva, que
pôde contar com todos esses elementos da região sul da Cidade. E não temos
dúvidas de que basta esta Casa, agora com a Lei das Diretrizes Orçamentárias,
votar a demanda financeira necessária, para que, o quanto antes, talvez em
outubro, época que devem ser inauguradas as obras do Parque Belém, a região sul
da Cidade possa ter um novo Hospital de Pronto Socorro daquela região. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisto pelo orador.)
(O
Ver. Carlos Alberto Garcia assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Havendo quórum passamos
à
O
Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para um Requerimento.
O SR. MARCELO DANÉRIS (Requerimento): Sr. Presidente, já por duas Sessões
anteriores, negociamos uma pauta também, a pedido do Presidente Fernando
Záchia, à sensibilidade dos Vereadores, temos uma Ordem do Dia com uma pauta
muito extensa de mais de sessenta páginas. Vamos reafirmar o Requerimento sem
número, de autoria do Ver. Fernando Záchia; depois, os seguintes Projetos: PLL
nº 149/01, PLL nº 199/00, PLL nº 063/01, PLL nº 068/01, PLL 069/01, PLL nº
079/01, PLL nº 080/01, PLL nº 086/01, PLL nº 087/01, PLL nº 088/01, PLL nº
089/01, PLL nº 090/01, PLL nº 093/01, PLL nº 101/01, PLL nº 104/01, PLL nº
105/01, PLL nº 106/01, PLE nº 028/00, PLL nº 184/00, PLL nº 065/01, PLL nº
076/01, PLL nº 093/01, PLL nº 107/01, PR nº 032/01, PR nº 033/01, PR nº 036/01,
PR nº 042/01, PR nº 051/01 e PR nº 069/01.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Marcelo Danéris. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação Requerimento s/nº, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que requer o pagamento
de mais uma diária ao Ver. Ervino Besson para atendimento de despesas com
hospedagem, conforme Proc. nº 3449/01, aprovado em 31 de agosto de 2001, que
autorizava o Ver. Ervino Besson a representar este Legislativo na 7ª Reunião de
Cúpula da Rede Mercocidades, na Cidade de Valparaíso, no Chile, nos dias 3 e 4
de setembro. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2298/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 149/01, de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Ator Luiz Carlos de
Magalhães.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- adiada a discussão por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal PLL nº 149/01, de
autoria da Ver.ª Sofia Cavedon. (Pausa.) (Após a apuração.) APROVADO por 25 votos SIM.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: O Título de Cidadão de Porto Alegre ao
irmão Norberto Francisco Rauch vai ser votado também?
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Vereador, eu não saberia
dizer, mas quando chegar na hora verificaremos, e se o Vereador não estiver
presente podemos prorrogar.
O SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Como se trata de um Requerimento, queria
fazer um aditamento, um corretivo, eu penso que a unanimidade dos Srs.
Vereadores atenderá a esse meu pleito, formulado pelo eminente Ver. João
Antonio Dib. Eu queria requerer que imediatamente votássemos, antes de todos os
outros Projetos, o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Irmão Norberto
Francisco Rauch. Concito a sensibilidade do conjunto dos Vereadores desta Casa,
para que ela preste homenagem a um homem que merece o respeito e a consideração
desta Cidade.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Vereador, o Ver. Marcelo Danéris, há
poucos minutos, leu uma relação, e todos os Vereadores concordaram inclusive V.
Ex.ª.
O SR. ISAAC AINHORN: Foi lido rapidamente, Vereador.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Vereador, eu não estou fazendo nenhuma
crítica, estou fazendo uma constatação. V. Ex.ª está propondo antecipar. Só que
eu lhe pergunto: o Vereador proponente não se encontra presente?
O SR. ISAAC AINHORN: Se há 22 votos, ele não vai ter
oposição.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, V. Ex.ª advertiu com
acerto. Não está presente o proponente. Eu penso que deveríamos aguardar pelo
proponente. É a minha sugestão a V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Temos duas situações postas: o Ver.
Isaac Ainhorn propõe a votação imediata e o Ver. Elói Guimarães entende que
deveríamos aguardar o proponente.
Ver.
Isaac Ainhorn, com a sua permissão, como está para ser votado hoje, junto com
outros e pela agilidade, eu proponho que V. Ex.ª, se possível, retire a sua
solicitação para que possamos votar e daqui a alguns minutos esse Projeto
entrará para votação.
O SR. ISAAC AINHORN: A minha preocupação, Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, é que neste momento temos vinte e seis Vereadores no Plenário
e, facilmente, poderemos vencer esta matéria que exige dois terços dos
Vereadores. Eu tenho certeza de que o próprio Vereador autor da matéria ficaria
extremamente satisfeito e homenageado com a votação do Projeto, que não há
oposição, porque o Irmão Norberto Francisco Rauch é uma unanimidade nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia):
Em votação o
Requerimento para passarmos, imediatamente, à apreciação do PLL nº 093/01, que
concede o Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Norberto
Francisco Rauch. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
APROVADO, com a votação contrária do
Ver. Elói Guimarães.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Só para um esclarecimento rápido. A
pedido do próprio Ver. José Fortunati, autor da matéria, o qual, na Sessão
passada, pediu que fosse postergada.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1690/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 093/01, de autoria do Ver. José Fortunati, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Norberto
Francisco Rauch.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Em discussão o PLL nº 093/01. O Ver.
Elói Guimarães está com a palavra para discutir.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu fiz
uma ponderação para que se aguardasse o autor. Ponderação que eu mantenho e vou
manter sempre. Evidentemente que vou discutir favoravelmente ao Projeto
encaminhado pelo Ver. José Fortunati, que concede o Título de Cidadão de Porto
Alegre a uma das grandes figuras do nosso meio, do meio universitário, que é o
nosso Reitor Norberto Rauch, cuja folha de serviço, sua dedicação prestados à
Universidade serve de modelo. Trata-se de um grande nome da cultura gaúcha,
trata-se de uma pessoa extremamente importante para o nosso meio. Parece-me que
atingi o objetivo, está presente o autor da proposição, que terá a oportunidade
de votar. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Em votação nominal o PLL nº 093/01.
(Pausa.) (Após a apuração.) APROVADO por
27 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2978/00 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 199/00, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
denomina Rua Maria Lourdes Willms um logradouro cadastrado localizado no
Loteamento Nova Ipanema.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 199/00. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1406/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 063/01, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
denomina Praça Ernst Ludwig Herrmann um logradouro público não- cadastrado
localizado no Bairro São Sebastião.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. José Fortunati: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 063/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1461/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 068/01, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que
denomina Rua Herminio Fernandes Bittencourt um logradouro público cadastrado,
localizado no Loteamento Nova Ipanema. Com
Emendas nºs 01 e 02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto e das
Emendas nºs 01 e 02;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e das
Emendas nºs 01 e 02;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto e das
Emendas nºs 01 e 02.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 068/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 aposta ao PLL nº 068/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº
068/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1469/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 069/01, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Hesiodo Andrade um logradouro público cadastrado, localizado
no Loteamento Moradas da Hípica.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 069/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1568/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/01, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
denomina Rua Norival Paranaguá de Andrade um logradouro público cadastrado, localizado
no Loteamento Nova Ipanema.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 079/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1569/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 080/01, de autoria do Ver. Pedro Américo Leal,
que denomina Rua Jorge Furtado um logradouro não-cadastrado, localizado no
Bairro Rubem Berta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 080/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1607/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 086/01, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
denomina Praça Boris Russowsky um logradouro público cadastrado, localizado no
Bairro Jardim Itú-Sabará.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Estilac Xavier: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 086/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1608/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/01, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que
denomina Rua Eduardo Maurell Müller um logradouro público cadastrado,
localizado no Bairro São Sebastião.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 087/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1621/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 088/01, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que
denomina Rua José Samuel de Araújo Lima um logradouro público cadastrado,
localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 088/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1634/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 089/01, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que denomina
Rua Dirson Goulart Bohrer um logradouro público cadastrado, localizado no
Conjunto Residencial Jardim Alto Petrópolis.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. José Fortunati: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 089/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1635/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 090/01, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que
denomina Praça Ari da Silva Delgado um logradouro público cadastrado,
localizado no Bairro Vila Assunção.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 090/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1795/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 101/01, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que
denomina Rua José Júlio Krebs um logradouro público cadastrado, localizado no
Loteamento Nova Ipanema.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 101/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1815/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 104/01, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
denomina Rua Luciano José Gomes um logradouro público cadastrado, localizado no
Loteamento Jardim Verde Ipanema.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 104/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1816/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 105/01, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
denomina Praça Vinícius de Oxalá um logradouro público cadastrado, localizado
no Bairro Sarandi.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 105/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1817/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/01, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
denomina Rua Ary Veiga Sanhudo um logradouro público cadastrado, localizado no
Bairro Vila Nova. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
- da CECE. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e
da Emenda nº 01.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 106/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 aposta ao PLL nº 106/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
2552/00 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 028/00, que autoriza a alienação por
inexigibilidade de licitação em face das características do imóvel, de próprio
municipal localizado na Rua Três de Maio, uma nesga de terreno com 51,63m², no
Bairro Floresta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz : pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt : pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 028/00. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2589/00 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 184/00, de autoria do Ver. Carlos Alberto
Garcia, que autoriza o Executivo Municipal a colocar placa em homenagem ao
Panathlon Clube de Porto Alegre, no estacionamento do Parque Marinha do Brasil.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 184/00. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com
abstenção do Ver. Juarez Pinheiro.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1411/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 065/01, de autoria do Ver. Ervino Besson, que
autoriza o Poder Executivo Municipal a implantar folhetos informativos que
identifiquem o itinerário e o horário das linhas de ônibus nos principais
pontos de sua trajetória.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. José Fortunati: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Almerindo Filho: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 065/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1523/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 076/01, de autoria do Ver. José Fortunati, que
institui o Dia do Técnico em Contabilidade.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Em discussão o PLL nº 076/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1820/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 107/01, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que
concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à psicopedagoga clínica
Nilce Azevedo Cardoso.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Em discussão o PLL nº 107/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 25 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1596/01 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 032/01, de autoria do Ver. José Fortunati, que concede o prêmio
Mário Rigatto ao Dr. Humberto José Scorza.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR nº 032/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1597/01 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 033/01, de autoria do Ver. José Fortunati, que institui o Prêmio
Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e dá outras
providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Cassiá Carpes: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR nº 033/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem apartes)
PROC.
1792/01 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 036/01, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título
honorífico de Esportista Exemplar aos atletas de Judô Cid Corrêa Rodrigues
Júnior, Mariana Passos Martins e João Derly de Oliveira Nunes Júnior, à atleta
de Natação Verônica Bardini e ao Técnico de Handebol Sílvio Rodrigues da Silva.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR nº 036/01. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE: Passemos à discussão do PLL nº 074/01,
de autoria do Ver. João Carlos Nedel.
A
informação que recebo é que este Projeto não constava no Requerimento que foi
aprovado anteriormente.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, eu estou requerendo,
neste momento, que seja votado o PLL nº 074/01.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Neste momento, entra o Requerimento de
autoria do Ver. João Dib para que seja interrompida a ordem dos trabalhos e
seja incluído o PLL nº 074/01. (Pausa.)
A
Ver.ª Helena Bonumá, de maneira sensata, solicita a interrupção da Sessão para
que possamos organizar o assunto.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h14min.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia – às
17h16min): Estão
reabertos os trabalhos. Indagamos aos Srs. Vereadores se houve consenso? Não houve
consenso.
Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib para que seja votado
o PLL nº 074/01. Os Vereadores João Bosco Vaz e Carlos Alberto Garcia solicitam
votação nominal. Em votação nominal o Requerimento de autoria do Ver. João Antonio
Dib. (Pausa.) (Após a apuração.) APROVADO
por 24 votos SIM.
O SR. ESTILAC XAVIER (Requerimento): Peço orientação do Sr. Presidente, mas
também na esteira do Requerimento do Ver. João Dib, em que pese não haver
relação de nexo causa e efeito, nós também queríamos requerer que a Casa se
pronunciasse sobre o Projeto de Resolução nº 024/01, de autoria da Ver.ª Helena
Bonumá, que concede o Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza à
Cooperativa UNIVENS, à ONG Themis e ao Desembargador José Paulo Bisol.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Requerimento do Ver. Estilac Xavier
solicita que, após a votação do PLL nº 074/01, votemos o PR nº 024/01.
Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. Estilac Xavier. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, é uma solicitação no
sentido de esclarecer quais Requerimentos foram aprovados.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Foi aprovado o Requerimento para votar o
PLL nº 074/01. E agora...
O SR. ISAAC AINHORN: Quais os conteúdos, Sr. Presidente?
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): PLL nº 074/01 é um Projeto que denomina
Rua Mário Andreazza um logradouro público. O PR nº 024/01 concede um prêmio ao
Sr. Paulo Bisol.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1488/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 074/01, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Mário Andreazza um logradouro público cadastrado, localizado
no Loteamento Moradas da Hípica.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela rejeição do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela rejeição do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 074/01. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Cassiá Carpes.
(Pausa.) (Após a apuração.) APROVADO por 18 votos SIM, 03 votos NÃO e 03
ABSTENÇÕES.
Ver.
Estilac Xavier, V. Ex.ª fez uma Declaração de Voto?
O SR. ESTILAC XAVIER: Estou encaminhando por escrito, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Pergunto a V. Ex.ª ser quer que seja
lida?
O SR. ESTILAC XAVIER: Não é necessário agora, Sr. Presidente,
depois será distribuída aos Srs. Vereadores.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Será anexada ao processo. Lembra-me bem
o ex-Presidente da Casa de que a Declaração de Voto tem de ser lida.
Solicito
ao 2º Secretário da Mesa Diretora, Ver. Paulo Brum, que leia a Declaração de
Voto dos Vereadores Maria Celeste, Sofia Cavedon e Juberlei Bacelo.
O SR. PAULO BRUM: (Lê.) “O Projeto do Ver. João Carlos
Nedel, que denomina Rua Mário Andreazza um logradouro público localizado no Loteamento
Moradas da Hípica, visa a homenagear um gaúcho de grande influência na política
nacional. Mário Andreazza foi adjunto do Conselho Nacional de Informações em
1961, participando ativamente da articulação do golpe militar de 1964, golpe
responsável por um dos maiores atentados à democracia do Brasil. Nesse
processo, iniciou-se a sanguinária ditadura militar, época onde a perseguição
política resultou em tortura e morte de milhares de brasileiros. Hoje,
felizmente, vivemos outra concepção política, onde o Parlamento representa de
verdade a população brasileira, que, democraticamente, escolhe seus
representantes através do voto. Porto Alegre, eleita a Capital da Democracia
Representativa, tem por tradição valorizar a participação de todos,
independente de ideologia. Isso se dá também em seu Parlamento, que é exemplo
no Brasil, mostrando não só a competência, como ética e honestidade. Portanto,
o Projeto do Ver. João Carlos Nedel homenageia um representante da ditadura
militar, ferindo a tradição histórica, democrática no Município de Porto
Alegre.” Assinam os Vereadores Maria Celeste, Sofia Cavedon e Juberlei Bacelo.
Declaração
de Voto dos Vereadores Estilac Xavier, Adeli Sell e Aldacir Oliboni. (Lê.)
“Votamos a favor da denominação do logradouro no Loteamento Moradas da Hípica
entendendo que a história já registrou os erros e os equívocos daquele período,
o que não impede de denominar um logradouro com o nome de ex-Ministro como
outros tantos que têm na Cidade.”
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Passemos ao PR nº 024/01.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
eu gostaria de ser informado se a votação é para conceder o Prêmio de Cidadania
para os três em conjunto ou separadamente? Três pessoas, duas entidades e uma
pessoa física, os três juntos?
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): É uma única lei que engloba os três
homenageados.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, considerando que essa
votação produz múltiplos efeitos, entendo que regimentalmente pode ser destacada
parte da votação. Peço que V. Ex.ª suspenda os trabalhos por dois minutos
porque isso pode prejudicar a votação.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h29min.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia – às
17h30min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, apenas
para colaborar. Se nós não tivéssemos ainda ingressado no período de votação,
poderíamos pensar em destaque.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Nós não estamos em votação.
O
SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem): Mas já encerraram os
encaminhamentos.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Nós nem lemos ainda, eu nem li o texto.
O Ver. João Carlos Nedel é que se antecipou. Eu nem entrei na apreciação do PR
nº 024/01.
Ver. Reginaldo Pujol, respondendo a V.
Ex.ª, é possível o destaque.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
1256/01 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 024/01, de autoria da Ver.ª Helena Bonumá, que concede o Prêmio de
Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza. (José Paulo Bisol/ONG
Themis/Cooperativa UNIVENS)
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Cassiá Carpes: pela rejeição do Projeto.
O
SR. PRESIDENTE:
Discussão geral e votação do PR nº 024/01, de autoria da Ver.ª Helena Bonumá.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Por cautela, Sr. Presidente, como a
discussão pode ser encerrada a qualquer momento, eu estou requerendo,
formalmente, o destaque e vou assinar agora. Peço que a Mesa considere o fato
de que, durante a discussão, eu estou requerendo o destaque.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para discutir o PR nº 024/01.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o
Projeto de Resolução proposto pela Ver.ª Helena Bonumá concede o Prêmio de
Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza, nos termos da Resolução nº 1362,
de 15 de dezembro de 1997, nas seguintes modalidades aos agraciados e cita
primeiro, personalidade: José Paulo Bisol; segundo, entidade: Themis,
Assessoria Jurídica em Estudos de Gênero; terceiro, Cooperativa das Costureiras
Unidas Venceremos Ltda.
Eu
estou solicitando destaque, porque acredito que as motivações não serão
necessariamente únicas para as três situações que nós estamos vivendo. Nós
temos, de um lado, um destaque a uma pessoa física, uma personalidade, um
cidadão controvertido da vida pública da Cidade e que eu não sei sequer se
poderia estar sendo homenageado, aqui na Casa, nesta hora, não por lhe faltar
qualificações de ordem moral, dado que as minhas divergências com esse cidadão
são de cunho ideológico, mas porque esta Casa tem sido muito zelosa em não
fazer honrarias para pessoas vivas, que estejam ocupando cargos de comando
político na Administração Municipal, Estadual e Federal. Eu chamo a atenção de
V. Ex.as, porque nós, hoje, estamos homenageando um Secretário de
Estado, polêmico, e poderemos, amanhã, estar querendo homenagear um Ministro de
Estado, quem sabe o Dr. Paulo Renato, um gaúcho, Ministro da Educação e Cultura
ou o Dr. José Serra, amigo pessoal do Ver. Humberto Goulart, Ministro da Saúde
e assim por diante. Então, o destaque da personalidade é porque tem essa
característica que eu estou salientando.
A
entidade Themis - Assessoria Jurídica e Estudos do Gênero, indiscutivelmente
reúne todas as condições, é uma entidade. A lei determina que tem que ser uma
entidade homenageada anualmente e escolheu-se a THEMIS que, realmente, nesta
área de direitos humanos, é muito atuante, é muito presente, merecendo,
inclusive, os nossos aplausos.
Finalmente,
a empresa, escolhe-se uma Cooperativa, Cooperativa das Costureiras Unidas
Venceremos Ltda. Eu me lembro que, no ano passado, foi concedido este prêmio a
uma grande empresa do Rio Grande do Sul, a Gerdau Sociedade Anônima, pelo seu
balanço social. Neste ano, nós invertemos e estamos apoiando a indicação de uma
pequena empresa, uma cooperativa que eu penso que esteja dando os seus
primeiros passos e que tem este nome altamente evocativo - Cooperativa das
Costureiras Unidas Venceremos. Então, certamente estaremos dando apoio à união
que gerou essa União das Costureiras e que possibilitou que elas se
organizassem e estejam produzindo, a ponto de merecer a nossa homenagem.
Resta,
de tudo o que estou dizendo, a diferenciação de situações. Eu não estou
advogando - cada um tem o seu foro íntimo - se deva esta Casa conceder o título
de personalidade do ano na área da cidadania e dos direitos humanos ao
polêmico, ao contestado, ao aplaudido, ao apoiado, ao homem presente nas
manchetes dos jornais, sobre o qual todos nós temos opiniões. Eu não teria a pretensão
de querer indicar aos Srs. Vereadores qual deve ser o seu voto. Agora, entendo,
com toda a segurança, reafirmo, que não podemos misturar uma coisa com a outra.
Uma coisa é votar a favor das costureirinhas aí, que estão trabalhando, unidas,
para se imporem no mercado de trabalho; outra coisa é apoiar a Themis; e outra
coisa é enfrentar o voto do Dr. Bisol. São situações absolutamente díspares.
Por
isso, estou justificando o pedido de voto em separado, o destaque que fiz para
que a personalidade José Paulo Bisol seja submetida a uma votação especial. Era
isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra
para discutir o PR nº 024/01.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, em
certa oportunidade, nesta Casa, nós discutíamos uma honraria, enfim, não lembro
se título honorífico ou nome de rua, a uma determinada figura da política
brasileira que, num determinado momento, teve um papel na clandestinidade, e
foram encontradas grandes dificuldades no debate para aprovação. E eu usei uma
expressão, aliás, assentado na democracia, porque eu sempre tenho dito que a
democracia não deve temer as homenagens aos diferentes matizes, eu usei uma
expressão dizendo que se permitisse que nós levássemos flores aos nossos
mortos. Esta foi uma expressão que depois, em diferentes oportunidades,
lembrávamos desta expressão: que se permita que levemos - cada um de nós -
flores aos nossos mortos. Este é o meu diapasão, que tenho adotado ao longo do
tempo, embora discorde. Eu votei, favoravelmente, ao Projeto que denominava uma
rua com o nome do ex-Ministro Mário Andreazza, embora tenha críticas ao
ex-Ministro. Ao mesmo tempo, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, reconheço os papéis
importantes que ele teve e condeno tantos outros. Então, eu adotei como
critério, nessas questões ligadas às homenagens, permitir que uma Casa plural
possa fazer pelos seus segmentos a homenagem. Evidentemente que a homenagem não
é minha. Eu tenho todas as críticas ao Secretário Paulo Bisol, todas. Acho-o
equivocado no plano de uma política de segurança. É minha opinião. Vou
continuar mantendo essa opinião. Agora, é uma iniciativa de um segmento da
Casa, de uma Vereadora que quer fazer esta homenagem, e eu não vejo por que não
fazer.
Então, nesse sentido, vou votar a favor
da homenagem que se pretende fazer ao Secretário Paulo Bisol, à ONG Themis e à
Cooperativa UNIVENS, dentro, exatamente, deste prisma. Esta é a minha visão de
uma Casa democrática. Esta Casa não hegemoniza o pensamento único. Aliás, se
hegemonizasse o pensamento único, não seria o Legislativo, não estaríamos na
democracia, estaríamos vivendo outros regimes. Quem sabe uma ditadura de
direita, quem sabe uma ditadura de esquerda. Aqui se vive a democracia, e a
democracia permite que o segmentos - até diria segmentos minoritários - possam
ter as suas expressões e levar a bom termo a consecução de determinados
objetivos.
Então, nesse sentido, tenho uma posição
contrária à política de segurança no Rio Grande do Sul - e tenho manifestado,
vou continuar manifestando, acho que o Secretário comete equívocos -, mas, na
visão de segmentos da Casa, entendem que ele está no caminho certo. Eu entendo
que não! Agora, não vai ser isso que vai impedir de eu permitir que a Casa,
como um todo, expresse, permita, conceda a possibilidade de ele ser
homenageado. É um segmento que pede, é uma Vereadora que pede e a Casa deve, na
minha opinião - isso vale como regra, como critério, como princípio -,
permitir, facilitar que as manifestações aqui se dêem. Então, nesse sentido,
voto favorável, Sr. Presidente. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Pedro Américo Leal está com a
palavra para discutir o PR nº 024/01.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, tudo
pode acontecer em uma Câmara. Não digo que seja uma artimanha, mas é um plano
para, repentinamente, destacarem um homem ora em discussão. O que diriam de nós
se, repentinamente, a Cidade de Porto Alegre e o Rio Grande do Sul consagrassem
não o Juiz, o Desembargador, o intelectual Paulo Bisol, não, mas o Secretário
de Segurança, por culpa de Olívio Dutra que insiste em sustentá-lo nessa função
completamente descabida? Desinformado, ele não tem inclinação nenhuma para
função. E se nós concordássemos em consagrar, como personalidade, José Paulo
Bisol? Não vejo um plano mais bem bolado do que esse da Ver.ª Helena Bonumá. V.
Ex.ª aceite meus parabéns, V. Ex.ª é autora do plano mais inteligente deste
ano, pois nós não podemos concordar com isso. Basta olhar para o jornal de
hoje, nós estamos consagrando o Secretário de Segurança do Rio Grande, e ele
merece? Esta é a pergunta: ele merece ou não? Eu quero saber! Não estou lidando
com trinta e dois bocós. Estou lidando com trinta e dois Vereadores, homens
intelectuais, homens que chegam aqui depois de uma jornada estafante, de
eleições desgastantes e que, por si só, constituem trinta e três líderes.
Pois
bem, como é que nós vamos concordar com o destaque se os jornais de hoje
discordam?
Diz
assim o jornal Zero Hora: “Disparam
números da criminalidade no Rio Grande do Sul; homicídios crescem 31%;
seqüestros relâmpagos sobem 74%; assaltos a bancos aumentam 50%.” Mas como
posso consagrar este homem? Na função, não!
Eu não estou discutindo se ele é competente, eu fui colega dele, julgo-o competentíssimo Desembargador emérito, Professor, um homem intelectual, mas como Secretário de Segurança: zero. Zero!
Agora, a culpa disso: Olívio Dutra. Por quê?
Porque ele tem o poder decisório. Ele conserva Paulo Bisol na Secretaria de
Segurança. Por quê? Não sei. Talvez até ele seja componente de um estado de
coisas, onde a Secretaria pretende desencadear um plano social, coisa que o
valha, e ele é uma personagem de tudo isso, com a Isabel, com o Quadros, com o
Secretário Adjunto, que sempre assume. O Secretário Adjunto, assume sempre, o
Secretário Magnago; ele sempre assume. O Secretário efetivo está sempre em
férias, não sei o quê. E nós vamos, os trinta e três Vereadores, concordar com
isso? Mas, como? Eu não estou discutindo o intelectual Paulo Bisol, o Juiz
Paulo Bisol, o Desembargador Paulo Bisol; eu não estou discutindo isso, ele é
um homem competentíssimo, mas como Secretário de Segurança, não! A culpa é de
Olívio Dutra, a culpa é do Governador - que até estimo, tenho boas relações com
ele, mas o condeno por isso. Seria a mesma coisa que me colocar como Secretário
de Administração. Fracasso! Eu sou um fracasso em administração! O que V. Ex.as
esperavam com um Secretário de Administração? Eu não dou para isso, eu sei!
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Ver. Pedro Américo Leal, se V. Ex.ª
desejar mais tempo, eu me inscrevo e cedo o tempo a V. Ex.ª. (Assentimento do
Ver. Pedro Américo Leal.) V. Ex.ª tem mais cinco minutos, por cedência de tempo
deste Vereador.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Então, é preciso que tenhamos calma e
sensatez. Nós estamos aqui votando uma aprovação a este nome de Paulo Bisol
como Secretário de Segurança. Ele é o Secretário de Segurança do Estado e nós
vamos aqui fazer uma reverência ao trabalho dele? O que está sendo medido é o
trabalho dele! É uma artimanha, o Projeto é uma artimanha, é um prêmio de
consagração de Paulo Bisol como Secretário de Segurança! Não é possível! Pelo
amor de Deus! Isso, não! Essa, não! Essa, não!
Agora,
gostei muito da sugestão do ilustre Ver. Reginaldo Pujol, que me antecedeu. Um
destaque, não é? Concordo plenamente, coloca-nos à vontade para nos
pronunciarmos sobre o Projeto da ilustre Ver.ª Helena Bonumá, que nos merece
todo o respeito e acatamento. Queremos aprovar. Mas nas partes em que se
referem à entidade e à empresa, sim, mas ao homem não! O homem que está sendo
distinguido é o Secretário de Segurança, que os jornais de hoje criticam! Está
aqui a Zero Hora, em letras garrafais,
na primeira página! O que V. Ex.as querem? O que a ilustre Ver.ª
Helena Bonumá nos força a fazer? A vir à tribuna para lhe dizer isso. Tanto
estimo a Vereadora, que estou constrangido. Eu não queria dizer e nem fazer o
que estou fazendo, mas me obriga a realizar. Esse homem, não! Ele é motivo de
chacota como Secretário de Segurança de todo o Rio Grande. É o caso da
farmácia, é o caso das armas da polícia, quando emprega arma, quando não
emprega arma. Hoje em dia, está-se dando uma confusão, a Brigada não sabe mais
quando emprega e quando não emprega; também há o caso do estupro de Canoas. Eu
até não vou citar os crimes ridículos que se dão nesta Cidade.
Livre-nos
dessa, Ver.ª Helena Bonumá, não nos obrigue a que venhamos à tribuna fazer um
pronunciamento como este, de crítica a descabida indicação como Secretário de
Segurança. Repito: ele não tem vocação nenhuma para Secretário da Pasta, e a
culpa é do Governador, que deveria ter poupado esse homem e colocado na
Secretaria de Justiça, onde ele é competentíssimo. Já sugeri isso ao Governador
Olívio Dutra, mas ele não fez. Ele persevera, ele quer que nós fiquemos com
Paulo Bisol como Secretário de Segurança, Secretário de Justiça. Por quê? Vamos
pagar esse castigo até o fim do Governo Dutra.
Ora,
minha senhora! Tudo tem um termo, tudo tem um limite, não se pode pedir aos
Vereadores que se oprimam, que votem uma coisa como essa.
Ilustre
Ver.ª Helena Bonumá, V. Ex.ª foi de uma infelicidade incrível. Como artimanha e
plano foi perfeito, mas eu esperava até que V. Ex.ª nos respeitasse, não nos
impingisse uma alternativa dessas. De minha parte, eu digo não, com clareza:
não! Eu fui colega de Paulo Bisol, é um excelente rapaz, um excelente homem,
Deputado emérito, Juiz, Desembargador, Professor, mas como Secretário de
Segurança é impossível tragá-lo, e aqui está nos jornais de hoje, por
coincidência, tudo o que digo, tudo resumido. (Lê.) “Dispara o número da
criminalidade no Rio Grande do Sul.” De quem é a culpa? Do homem que nós
estamos sendo convidados a distinguir, a citá-lo, a distingui-lo na área em que
fracassa.
Ver.ª
Helena Bonumá, não nos peça mais do que podemos dar. Muito obrigado.
(Revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver.
Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir o PR nº 024/01.
O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. “A
gente é grande se o espírito da gente é grande.” Eu penso que o Ver. Pedro
Américo Leal é muito grande, ele tem o espírito grande, mas penso também que,
hoje, aqui, talvez tenha feito um dos mais infelizes pronunciamentos de sua
trajetória. Talvez eu, aqui, de todos os Vereadores, seja aquele que mais
conheça a sua trajetória, porque convivi, anos a fio, na Assembléia
Legislativa, e agora, com muita honra, em duas Legislaturas.
Lembro-me
de uma poesia de Bisol que dizia; “Semeie alas de álamos, Alexi, mesmo que o
inimigo, diariamente, venha e o destrua.”
Os
Vereadores da Bancada do PDT, que sabem que não estamos discutindo o Secretário
de Segurança Pública, que sabem que estamos discutindo um prêmio de direitos
humanos, sabem a história do Bisol. Eles sabem, em 1964, quando o Bisol era
Juiz de Direito, na Comarca de Livramento, que colocou o seu cargo de Juiz a
perder, a partir do momento em que pegou Antonio Apoitia Neto ou Oriovaldo
Gresseler e tantos outros militantes, na época do PTB, que enfrentavam o golpe
militar. Eu os transportava, diariamente, no porta-malas de seu carro, de
Livramento para Rivera e tenho a certeza de que, principalmente, o Ver. Nereu
D’Avila, que é um dos Vereadores mais antigos do PDT, possivelmente em
filiação, sabe dessa história, porque aqueles seus companheiros que estavam em
risco de perder a vida pelo tacão militar, foram salvos, sim, pela coragem de
um Juiz de 1ª Entrância, que colocava em risco sua carreira para defender vidas
humanas. Sabem aqui vários Vereadores, e sabe o Ver. Pedro Américo Leal, que o
Bisol, por onde passou, em suas comarcas, às vezes, sentenciava um réu, e no
outro dia ia lá para o presídio jogar futebol, porque conhecia as razões das
mazelas humanas, conhecia as razões de opressão e sabia que aqueles pobres
coitados – sabemos que 95% das pessoas que estão dentro de um presídio são
pobres - são vítimas de um sistema social que os oprime e os joga na
marginalidade. E ele tinha o sentimento humano de ir para dentro do presídio e
confortar àquelas pessoas, vítimas de um sistema legal, injusto, que protege
quem tem muito e bota na cadeia quem não tem nada. Ele ia consolá-los. Todo
mundo aqui conhece o mínimo das sentenças que esse homem sempre dava, como
Juiz, como Desembargador.
Filho
de carroceiro, cujo avô morreu trabalhando, amassando uva dentro de uma pipa;
que puxava carroças, conseguiu fazer o vestibular e obteve o primeiro lugar.
Conseguiu ser o primeiro colocado no concurso para Juiz de Direito. Um homem
exemplar, que não precisava de cargos em comissão, que fez da sua vida, de
filho de pais pobres e avós pobres, imigrantes, uma carreira brilhante sempre
do lado daqueles que tinham menos.
Eu
pediria, Ver. Pedro Américo Leal, que V. Ex.ª, que fez aqui o pior discurso da
sua trajetória, a meu juízo, lesse, por exemplo, a revista Crucial, que esse cidadão escreveu quando tinha 19 anos, junto com
Paulo Hecker, junto com Resende, que alguns daqui conhecem. E suas idéias não
mudaram, são as mesmas até hoje. Ele sempre esteve do lado de quem tem menos!
Ele sempre defendeu isso, seja como poeta, seja como Juiz, seja como Deputado!
E agora, numa disputa política pequena, esta Câmara não pode dar um depoimento
que – permitam-me, com muita vênia, dizer de uma certa até desqualificação - de
alguém que colocou toda sua vida do lado de quem não tem nada, seja como Juiz,
como Deputado, como Desembargador. E querem julgá-lo por uma disputa política
pequena, porque ele muda um discurso de segurança pública.
O
Ver. Elói Guimarães mostrou grandeza, sim; ele sabe que esta é uma Casa plural
e que aqui as diversas composições políticas têm direito de homenagear aquelas
pessoas que entendem justas. Agora, se esta Câmara de Vereadores negar a esse
cidadão, que colocou em risco toda a sua carreira de magistrado, que salvou
dezenas de vidas, que ia jogar futebol dentro dos presídios, que dava a
sentença sempre do lado de quem tem menos, ela vai dar um atestado de absoluta
pequenez. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoamos um Requerimento de autoria do
Ver. Reginaldo Pujol, para que seja votado em destaque o inciso I, do art. 1º,
do Processo que está em discussão.
A
Ver.ª Helena Bonumá está com a palavra para discutir o PR nº 024/01.
A SRA. HELENA BONUMÁ: Sr. Presidente, Sr.as e Srs.
Vereadores, a nossa proposta de distinguir com uma menção de Direitos Humanos,
que é um Projeto de Resolução que esta Casa tem já há alguns anos, e que, se
não me engano, foi concedido uma vez, no ano passado, pelo Ver. João Motta,
prevê que se homenageie uma entidade, para o que escolhemos o grupo Themis, que
é uma ONG feminista, que faz trabalhos na área da defesa dos direitos da
mulher, principalmente no combate da violência e da violência sexual. Também
prevê que se homenageie uma empresa ou um empreendimento econômico, e nós
propusemos uma cooperativa, formada por mulheres, a UNIVENS, que já tem seis
anos em Porto Alegre na ação de um conjunto de mulheres que têm lutado pela sua
sobrevivência, articulando uma das experiências mais exitosas, mais
significativas nessa área, que é a geração de renda a partir de um
empreendimento coletivo e solidário, que se afirmou e que já é conhecido na
nossa Cidade como tal.
Estamos
propondo à personalidade, que é assim que a Resolução fala, uma distinção na
área dos Direitos Humanos ao Secretário Bisol. A primeira consideração que
quero fazer: não se trata de uma distinção na área da segurança pública. É um
prêmio e uma distinção na área dos direitos humanos. Sabemos que o movimento de
direitos humanos, a prática dos direitos humanos, a luta pelos direitos humanos
teve alguns momentos significativos no nosso País. Ela se afirma como uma
resistência durante a ditadura militar contra todo processo de repressão, de tortura,
de perseguição política que boa parte da nossa população viveu. Mas ela, Srs.
Vereadores, tem um novo período, a partir da década de 80, com a luta pela
elaboração da Constituição de 88 e com a conquista, na Constituição de 88, de
todo um conjunto, um arcabouço, toda uma série de reivindicações da classe
política, dos trabalhadores, dos diferentes movimentos sociais, na área dos
direitos humanos. Tivemos, nesse processo de elaboração da Constituição, um
parlamentar que foi o relator dessa matéria na Constituição de 88 e que se
destacou pelo trabalho que fez. Não sei quantos daqui participavam do movimento
de direitos humanos em 88. Eu participava. E nós, naquela ocasião, passamos
para o Congresso, passamos para os diferentes segmentos, uma porção, como
sociedade organizada, de reivindicações, uma série de exigências que queríamos
ver no texto legal. Tivemos, no então Senador Bisol, acolhida, e foi um
parlamentar que puxou à frente a luta para que a Constituição Federal chegasse
no seu limite, no sentido de incorporar as questões dos direitos humanos.
Sabemos
da trajetória deste cidadão em vários momentos da sua carreira como Deputado
Estadual. Naquela ocasião, eu fazia movimento de mulheres e ocupávamos o seu
gabinete, então do PMDB, o seu programa falava de mulher, e onde tínhamos muito
pouco espaço na imprensa naquela época, mas era um espaço onde sempre podíamos
manifestar as reivindicações e as lutas dos movimentos sociais. Portanto, em
vários momentos se colocou na relação em defesa dos direitos humanos.
Como
Secretário da Segurança Pública, tem, na área dos direitos humanos, uma das
questões fundamentais do trabalho da segurança pública, que é a qualificação
dos policiais para que respeitem os direitos humanos e que trabalhem com isso
incorporado. O Coronel mostrou aqui a capa de um jornal de hoje, onde fala num
programa de abordagem policial dramático que gerou a morte de um cidadão do
nosso Estado. O Secretário tem dito que as forças policiais ainda não estão
preparadas para uma abordagem e para um trabalho que hoje a sociedade requer.
Isso em outra época, Ver. Pedro Américo Leal, não teria o destaque que tem
hoje, mas é que nós vivemos numa época onde a segurança pública tem sido palco
de disputa. Agora, não estou propondo aqui uma homenagem de segurança pública;
estou propondo uma homenagem na área dos direitos humanos. Então, quem vem aqui
me dizer que esse cidadão burlou os direitos humanos e não merece uma homenagem
na área dos direitos humanos?
Por
fim, quero resgatar que esta Casa, como uma casa democrática, Ver. Reginaldo
Pujol, deveria permitir que cada ano homenageasse os seus. Nós aqui já
homenageamos Lia Pires, Paulo Brossard, acabamos de homenagear Mário Andreazza
e nós sabemos uns os que os outros pensam desses cidadãos. Agora, quero saber
por que não temos o direito de homenagear os nossos se é uma casa plural, se é
uma casa democrática?
Encerro,
Sr. Presidente, dizendo que temos de garantir a nossa pluralidade aqui nesta
Casa onde cada um tem o direito de homenagear os seus. Não se está propondo um
plano de segurança pública, é um reconhecimento como militante e um ator pela
luta dos direitos humanos. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir o PR nº 024/01.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, sem
dúvida nenhuma, quem, neste Plenário, que há mais tempo respeita e admira o
cidadão José Paulo Bisol, sou eu. Fui seu contemporâneo de ginásio e aprendi a
admirar os belíssimos pronunciamentos que ele fazia, os discursos brilhantes
que ele fazia. Este é o cidadão José Paulo Bisol que, ao longo da sua vida, eu
continuei admirando e respeitando. Mas eu não posso fazer a mesma coisa para o
Secretário de Segurança, não posso. Gostaria, mas não posso, não tenho como
fazê-lo. Tenho, inclusive, a certeza, pelo que eu o conheço, que se ele fosse
consultado, talvez, não aceitasse esse prêmio. É o tipo de prêmio que deveria
ter autorização, como é o de Cidadão de Porto Alegre ou Cidadão Emérito.
Nós
temos aqui três prêmios: a uma pessoa e a duas entidades. O cidadão José Paulo
Bisol não tem nada que indique que tenha havido a autorização dele para que se
fizesse a homenagem que se lhe pretende prestar. É um currículo com o timbre do
Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Secretaria da Justiça e da Segurança.
Os outros dois, pelo menos, vieram por fax. E um até veio com a prestação de
contas, com o balanço da entidade.
Então,
eu penso que não há como fazer essa homenagem - direitos humanos. Eu sou
favorável a que o indivíduo cumpra sempre com o seu dever. Eu sempre digo e vou
repetir sempre que o direito nasce do dever. Mas os direitos também têm que ser
assegurados, nós temos o dever de assegurar os direitos de todos.
E
aí é que eu penso que o Dr. José Paulo Bisol, meu amigo lá da infância quase,
errou. Eu perguntaria, com a tranqüilidade de sempre, ele assegurou os direitos
humanos da Polícia Civil do Rio Grande do Sul? Não. Ele desestruturou a Polícia
Civil, ele acusou os policiais com a maior tranqüilidade. Quando se acusa, tem
que dizer Pedro, Paulo ou Chico, que são os acusados, não generaliza. Ele
generalizou. A Brigada Militar é o que está aí, troca de Comandante um atrás do
outro. Na história do Rio Grande, nós não tínhamos visto isso, porque todos na
Brigada Militar se sentem agredidos pelo Secretário da Segurança. Se ele fosse
só Secretário da Justiça, nós estaríamos aqui unanimemente aplaudindo, porque
ele é competente, porque ele é um bom cidadão, mas é um mau Secretário de Segurança.
Se ele não assegurou os direitos humanos da Policia Civil, se ele não assegurou
os direitos humanos da Brigada Militar; ele assegurou os nossos direitos
humanos que estão inseridos na Constituição, que nos dá o direito de ir e vir?
Ou obrigou-nos a colocar grades em todas as casas, em todos os edifícios, nas
lojas, nas farmácias, por quê? Porque ele não assegurou os direitos humanos da
Policia Civil e da Polícia Militar.
Então,
se fosse consultado, eu tenho certeza, conheço de longa data, José Paulo Bisol
diria: “Querida Ver.ª Helena Bonumá, deixe-me de fora dessa homenagem, que eu
não estou precisando. Tenho um longo passado, fiz muitas coisas boas, agora me
colocaram num brete sem saída, que é a tal Secretaria de Segurança, a qual eu
não pude corresponder, não pude fazer o que desejaria fazer”. Eu acredito nas
intenções dele, mas ele não assegurou os diretos humanos da Polícia Civil, da
Policia Militar, e não assegurou os direitos humanos dos cidadãos que estão
esculpidos, como diria o Ver. Elói Guimarães, na Constituição Federal.
Portanto,
os outros dois prêmios vão receber o meu voto favorável.
E
cumprimento o Ver. Reginaldo Pujol pelo destaque solicitado, mas,
lamentavelmente, aquele que eu conheço há mais tempo, aquele com o qual eu
convivi quando menino e acompanhei ao longo do tempo o seu trabalho, não terá o
meu voto, porque ele é Secretário da Segurança, querendo ou não. Se ele fosse
só Secretário da Justiça, tenho certeza de que ele teria 33 votos, pelo
brilhantismo da sua pessoa, pela seriedade da sua pessoa, pela sua honradez.
Mas eu não estou entendendo, porque ele é Secretário de Segurança. Portanto,
não vai levar o meu voto o meu amigo de longa data, José Paulo Bisol. Saúde e
paz! Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia):
O Ver. Nereu D'Avila está com a palavra para discutir o PR nº 024/01.
O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sr.as
Vereadoras, muitos oradores que me antecederam na tribuna formularam conceitos
e conteúdos que se aproximam muito do que nós pensamos e que nós vamos procurar
traduzir nesses minutos de que dispomos. Na verdade, o que está em jogo aqui é
simplesmente o seguinte: a Câmara Municipal de Porto Alegre confirma, assegura,
concorda com a política de segurança do Estado do Rio Grande do Sul executada
pelo Secretário de Segurança, Sr. José Paulo Bisol. Essa é a questão. O meu
querido professor e filho do grande Primeiro Ministro Francisco Brochado da
Rocha e seu filho jurista emérito, que foi meu professor de Direito Civil,
Otávio Francisco Brochado da Rocha, a quem homenageei com uma rua, figura
humana de destaque, jurista emérito, aluno laureado da Faculdade de Direito da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, diria “Essa é a questio juris”, essa é a questão jurídica. Os atributos e os
méritos pessoais do Sr. Paulo Bisol, com os quais o seu dileto adversário,
inclusive ideologicamente adversário, que não é o meu caso, Ver. Pedro Américo
Leal, concordou, com sua cultura jurídica, sua honorabilidade pessoal, seu
atributos de comunicador, suas sentenças formuladas ao longo da sua passagem
eminente e brilhante no Tribunal de Justiça. Até o seu fidalgo adversário, leal
adversário, como são os opostos nesta terra que Deus nos deu, o Rio Grande,
Pedro Américo Leal exaltou os seus atributos. Não seria eu que iria exaltar
esses atributos do Sr. Bisol. Mas não é essa a questão. Não estão em jogo os
atributos, inclusive, do Sr. Bisol, que o Ver. Juarez Pinheiro com propriedade
citou. Eu, nessa situação, não participo de toda essa loquacidade. Houve um
episódio, inclusive, também promovido pelo hoje Ver. Pedro Américo Leal, em
1965, em que o Juiz Bisol, talvez premido pelos fatos, compungido pela situação
anômala que o País estava, a partir de 1964, deu uma sentença para que manu militari, comandada por um
comandante militar chamado Pedro Américo Leal, que retirasse os estudantes do
nosso saudoso RU, na Av. João pessoa. Mas não é essa a questão. Eu não vou
derivar por ela, porque não será uma questão honrosa à biografia do Sr. Bisol,
a qual o Ver. Juarez Pinheiro trouxe com muita propriedade.
O
que está em jogo é que a Câmara chancele ou não uma política de segurança, e,
como disseram outros Vereadores, há uma simpatia, uma amizade pessoal, a Ver.ª
Helena Bonumá conquistou a todos nós, ela é uma querida Vereadora. Mas,
infelizmente, a data de hoje é desapropriada para a proposta. Apesar de ser uma
colega muito estimada, é evidente que a Ver.ª Helena Bonumá tem conteúdo
político na sua proposta, e nós todos temos, isso é legítimo. Só que – e volto
a citar o Ver. Pedro Américo Leal – ela constrange a nós todos, porque o
Desembargador José Paulo Bisol é um eminente homem público, é um brilhante
magistrado, foi até um brilhante comunicador na televisão que o projetou para píncaros
políticos que o elevaram em nível da República, mas não é essa a questão. A
questão é única, amanhã será dito que a Câmara Municipal, ao conferir ao
Secretário José Paulo Bisol, este prêmio, confirmou a política de segurança do
Estado do Rio Grande do Sul. E esse será um contra-senso que a história desta
Câmara não recomenda. Nós estaremos na contramão da opinião pública gaúcha no
que se refere à política de segurança deste Estado.
Eu
até estou discutindo como o quinto, oitavo ou nono Vereador, estou repetindo
argumentos, mas como são argumentos brilhantes, por que não repeti-los?
Novamente, reporto-me ao Ver. Pedro Américo Leal, que diz que ele estaria
talvez em uma gestão que todos nós estaríamos reconhecendo como talentosa e
brilhante, que é o caso da sua brilhante cabeça na Secretaria de Justiça, na
Secretaria de Administração, em todas, menos a de Segurança, porque a política
de segurança do Estado do Rio Grande, embora compreendamos que o Sr. José Paulo
Bisol quis inverter muitas questões que são tabus, mas não conseguiu, e o tiro
saiu pela culatra. É a nossa opinião.
Penso
que, se a Vereadora retirasse o nome do Desembargador do nosso julgamento, a
Ver.ª Helena Bonumá, com toda a sua trajetória, nos evitaria de,
constrangidamente, dar um voto contrário. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Humberto Goulart está com a
palavra para discutir o Projeto de Resolução nº 024/01.
O SR. HUMBERTO GOULART: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
tratamos de encaminhar esta homenagem. E, aqui, eu quero me referir a ONG
Themis, que tem se destacado bastante na defesa do gênero e, principalmente,
nos ataques à violência sexual. Prestem atenção, porque haverá nexo no fim do
discurso, contra a violência sexual. Aliás, desde que comecei a acompanhar a
organização Themis, me interessa muito as suas publicações, os seus registros,
os seus anuais, os seus livros e até pedi que me mandassem, como médico que
cuida de mulheres no SUS, as suas publicações. Não recebi até agora, talvez,
como Vereador, possa recebê-las, ainda mais que, recentemente, a Prefeitura de
Porto Alegre destacou para a organização 50 milhões de reais. Bastante
dinheiro. Mas a Themis atinge os seus objetivos, ela defende a mulher,
principalmente nas questões em que a mulher é relegada às violências sexuais,
porque existe uma pequena diferença no gênero, que é a força física.
Quanto
à organização da Cooperativa das Costureiras, devemos também homenagear, porque
as costureiras estão sempre trabalhando para as grandes firmas, fazendo
milhares e milhares de bainhas, milhares e milhares de coletes, de roupas,
machucando, ferindo as suas mãos e ganhando 0,001 por cada peça. Então, agora
se forma uma Cooperativa que vai cuidar, de maneira unida, dos interesses dessas
mulheres pobres que costuram, para ganhar um pouco mais de dignidade no seu
sustento.
Agora,
quando o Secretário de Segurança Pública tem que ser homenageado, nós temos que
prestar atenção em alguma coisa. Primeiro, nós só homenageamos craque e craque
é o Guga, que erra muito pouco e não erra. E um poeta, um intelectual não pode
errar. Um poeta não pode errar, um intelectual não pode errar. Diz que foi
informado pela Brigada de maneira errada, que aquelas duas mulheres lá de
Canoas estavam fazendo chacota, estavam fazendo teatro. Aliás, o Secretário é
bastante teatral, é até hedonístico. Talvez o prêmio de teatro lhe servisse
melhor do que esse prêmio, porque ele é uma figura hedonística, uma figura
retórica. Ele não poderia dizer que aquelas pobres coitadas mulheres estavam de
fingimento, quando sabemos o que é a violência contra a mulher. Se vocês não
sabem, um médico ginecologista sabe muito bem o que é a violência de gênero.
Ele foi infeliz. Então, não pode ser homenageado um homem que desfaz de duas pobres
mulheres: “Elas estão fingindo, decerto até provocaram os homens e os homens
atacaram”, e depois pediu desculpas. Não pode! Um craque não pode se equivocar,
ainda mais quando ele está num cargo do Executivo de um Estado importante como
é o nosso. O craque não pode se equivocar. E, neste exato momento, se eu quero
dar um prêmio para a Themis, que defende as mulheres, que combate o estupro,
que combate a violência, como é que eu vou dar, ao mesmo tempo, um prêmio para
um homem que disse: “Elas mulheres estão fingindo.”? Eu não posso, eu vou ser
incoerente. E eu não posso ser incoerente, porque eu tenho de, desta tribuna,
defender o povo, os humildes e, principalmente, as mulheres. Principalmente as
mulheres que têm pouca voz. V. Ex.as sabem que precisamos nos unir,
todos, para defender as mulheres, por uma única diferença, que é a diferença de
força física que a mulher tem frente ao macho. É a única diferença, porque, nas
outras, a mulher supera e suplanta.
Então,
será uma incoerência nós darmos um prêmio para a Themis e até colocar em
segundo plano a importância da organização Themis, quando o Secretário foi
infeliz. E um homem que quer prêmio não pode errar, não pode ser infeliz, não
pode cometer equívocos, tem de defender as pessoas.
E,
minha querida Ver.ª Helena Bonumá, quero sempre votar com V. Ex.ª daqui para a
frente, mas, nesse Projeto, não vou poder. É um momento infeliz de propor isso,
quando o povo diz que não, nós também temos de dizer que não, porque a voz do
povo é a voz de Deus.
Lembrem
do Maluf: “Estupra, mas não mata!” E nós todos nos rebelamos contra isso. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra
para discutir o PR nº 024/01.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sr.as e Srs.
Vereadores, polêmico e importante esse assunto. Começo discutindo se a voz do
povo é a voz de Deus. Nós não podemos ser ingênuos de achar que o que nós
tentamos forjar de discursos e conseguimos fazê-lo por intermédio dos meios de
comunicação significa a voz do povo. Ninguém aqui ignora que a segurança, e
mais ou outro tema, foi escolhida para ser o ponto de desgaste do Governo
Democrático e Popular. E não foi escolhida à toa, porque secularmente a força
que mantém no poder um grupo que hegemonizou a política neste País e com isso
concentrou poder e renda e excluiu e continua excluindo a maioria dos
brasileiros. Esse é um dos braços importantíssimos do Estado para garantir a
privatização deste Estado nas mãos de poucos. E quando entra um Governo que diz
que quer romper e humanizar com a segurança pública, quer modificar, quer
tratar o movimento social não como caso de polícia, mas como movimento social,
esse ponto é um ponto que tem que ser combatido e fortemente, e assim tem sido.
Vamos
olhar a CPI da Segurança que já passou do seu prazo, CPI o que é que virou?
Está tentando achar um problema nas contas do ex-Secretário de Finanças do
Partido dos Trabalhadores para ver se acha algum elemento contundente na CPI da
Segurança. O debate da CPI é um debate ideológico e, na verdade, é isso que
estamos fazendo aqui. Nós temos divergências, Ver. Nereu D’Avila, na forma de
encarar a segurança pública, sim. Ela é clara, nítida e nós estamos nos
contrapondo, e o faz com coragem o Secretário Bisol. Nós já vemos mudança de
cultura, sim. Eu e o Ver. Beto Moesch acompanhamos uma reunião sobre segurança
no Bairro Petrópolis e Bela Vista, e a postura da Brigada Militar e a postura
da Polícia Civil era uma postura mudada, modificada. É uma postura que quer construir
com a comunidade formas de garantir a segurança. E não é porque eram os Bairros
Bela Vista e Petrópolis, não, porque eu já assisti na Chácara da Fumaça uma
reunião semelhante, em outras regiões e há uma mudança muito clara na forma de
se relacionar. “Nós queremos mudar a imagem” - diziam eles – “da segurança
pública, dos soldados, dos brigadianos; porque o que estão fazendo com a nossa
imagem é a mídia e não é o Governo e não é o Paulo Bisol. O que estão fazendo
conosco é ruim para a segurança dos cidadãos. Nós estamos trabalhando e só
funcionamos se for em parceria com a comunidade.” Essa mudança de debate, de
caráter, precisa ter coragem para fazer, precisa ter uma história de luta pelos
direitos humanos para fazer e está enfrentando, sim, um desgaste providenciado
pela mídia, providenciado pela oposição ao Governo Democrático Popular.
Eu
queria, ainda, entrar um pouco no debate dos outros dois homenageados que são
muito interessantes e importantes para a nossa luta dos direitos humanos. A
Themis, eu queria acrescentar aos argumentos já trazidos, que está fazendo um
trabalho de emancipação da mulher para além da conversa, para além do debate
dos seus direitos, tem capacitado pessoas simples, mulheres simples da
comunidade que se têm transformado em promotoras legais. É uma belíssima
transformação que tem disseminado nas nossas comunidades, a possibilidade das
mulheres terem para quem pedir ajudar, terem informação, terem possibilidade de
enfrentar a situação de opressão que vivem. Feita pelas próprias mulheres que
crescem nessa formação que a Themis faz, e mais, a ela tem incidido sobre as
políticas públicas para as mulheres, tem enfrentado preconceito, tem buscado
equipamentos, espaços para a proteção da mulher.
Penso
que a UNIVENS é resultado dessa luta toda. Essas mulheres não são só
costureiras que saíram da opressão do capitalismo, não, Ver. Humberto Goulart,
essas mulheres são protagonistas de uma nova relação da comunidade com o seu
destino, uma nova relação das comunidades pobres com o poder, com o Estado.
Elas têm incidido sobre o Orçamento Participativo, sobre as políticas públicas
de Porto Alegre. Elas têm mobilizado as mulheres, elas são, por isso, um grande
exemplo para nós, muito mais do que costureiras que saíram de uma fábrica.
Então
pedimos que possamos, aqui, nos despir das nossas divergências ideológicas e
compreender o que a Ver.ª Helena Bonumá está propondo e juntos podermos
conceder esse prêmio a quem, na minha opinião, tem muito direito de receber.
Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Estilac Xavier está com a palavra
para discutir o PR nº 024/01.
O SR. ESTILAC XAVIER: Sr. Presidente, Sr.as e Srs.
Vereadores, Michael Foucault, num célebre livro, Vigiar e Punir diz o seguinte, quando ele fala da ostentação dos
suplícios: (Lê.) “A pena de morte natural compreende todos os tipos de morte:
uns, podem ser condenados à forca; outros, a ter a mão ou a língua cortados ou
furados e serem enforcados em seguida; outros, por crimes mais graves a serem
arrebentados vivos e expirar na roda, depois de ter os membros arrebentados;
outros, a serem arrebentados até a morte natural; outros, a serem estrangulados
e em seguida arrebentados; outros, a serem queimados vivos; outros, a serem
queimados depois de estrangulados; outros a terem a língua cortada ou furada e
em seguida queimados vivos; outros a serem puxados por quatro cavalos; outros a
terem a cabeça cortadas e outros, enfim, a terem a cabeça quebrada.” Essa é uma
descrição do suplício que era feito no início do século XVI aos que eram
considerados hereges.
Nós
estamos tratando, Srs. Vereadores, de um Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos
Herbert de Souza a ONG/Themis - a Cooperativa UNIVENS e ao Desembargador, poeta
e escritor José Paulo Bisol.
Para
a discussão veio a figura do Secretário, mas não estamos discutindo a sua
figura, nem a concordância nem a discordância sobre a sua política. O que veio
aqui é se esse homem participou e contribuiu decisivamente para que os direitos
humanos fossem respeitados no nosso País ou acrescentou elementos para os
direitos humanos, que desde que eu citei a frase da ostentação do suplício, é
uma luta que a humanidade trava contra o suplício do corpo e do espírito, é uma
luta que todos os serem querem transformar o corpo e o espírito como um
repositório sagrado e inviolável que afastou as formas mais degenerativas de
suplício, como essas que acabei de citar, e que acrescentou como elemento
fundamental dos direitos humanos a idéia da educação, da ilustração, do lazer e
da habitação e colocou mais: que os direitos humanos têm a ver, pela condição
sacra, de fazer com que as pessoas possam ter respeitadas as suas preferências
sexuais; que não possam ser distinguidos pela sua cor, pela sua condição
social. E aqui temos, entre aqueles que querem ser homenageados, não só o
Desembargador José Paulo Bisol, que contribuiu decisivamente para isso. E isso
alguém aqui haverá de afirmar que ele não contribuiu, mas contribuiu
decisivamente para isso, porque o Desembargador e a Themis contribuíram na luta
pela libertação das mulheres.
Hoje,
Ver.ª Helena Bonumá, e eu me congratulo com a iniciativa de V. Ex.ª, dois
milhões de mulheres no mundo sofrem suplícios, quando ainda são meninas, pela
terrível prática da ablação, da extirpação do clitóris, que é uma prática
bárbara para os nossos costumes. E alguém vai me dizer aqui que o Desembargador
Paulo Bisol não tem nada a ver com isso, que nós não temos nada a ver com isso.
Temos, sim, porque ele é o quê? Ele é um dos homens que, junto com a Themis e
com a entidade UNIVENS, produz a luta por aquilo que nós consideramos de
fundamental na existência humana dos homens: a inviolabilidade do seu corpo e
do seu espírito. Não há como negar essa possibilidade, e aí se procura trazer à
discussão para o mérito da Secretaria. Ora, eu aqui, nesta mesma tribuna, neste
mesmo púlpito, na semana passada, fiz um reconhecimento histórico, em nome da
minha Bancada, à figura de Getúlio Vargas, dizendo que ele era um estadista, e
fiz as considerações históricas necessárias; pois saibam que esse mesmo homem,
que eu considerei e reverenciei aqui como homem estadista, foi um homem que, no
seu Governo, durante o Estado Novo, a tortura se conduziu de forma tal igual
como está aqui da ostentação do suplício de Michael Foucault: Vigiar e Punir. Mas nem por isso
deixamos de vir aqui fazer a nossa consideração histórica e a nossa reverência.
Portanto,
o que se está discutindo aqui não é uma discussão justa. Ela não tem mérito,
ela é politizada e só tem um interesse, que é o de atacar a condição política
da Secretaria. Mas ela não faz história e justiça em cima daquilo que se está
propondo, que é o reconhecimento do trabalho junto aos direitos humanos, que é
de tornar o corpo, a alma e o espírito dos homens invioláveis, e nisso José
Paulo Bisol, UNIVENS e Themis contribuíram e de forma decisiva nesse último
período. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, solicito que seja feita
verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Constatamos que visivelmente não há
quórum. Está suspensa a discussão do PR nº 024/01, face à inexistência de
quórum.
Estão
encerrados os trabalhos.
(Encerra-se
a Sessão às 18h39min.)
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